Um representante do CBMRR (Corpo de Bombeiros Militar de Roraima) faz parte da equipe de especialistas em incêndios florestais integrantes de uma missão humanitária brasileira que ocorre na República da Guiana desde a última quinta-feira, 25, e se encerra no dia 29 de abril. O objetivo é avaliar a situação das áreas afetadas por incêndios no país vizinho para verificar o suporte que o Brasil pode oferecer.
A missão é uma resposta do governo do Brasil a uma solicitação do governo da Guiana. Foi enviada uma equipe com cinco especialistas em incêndios florestais dos estados de Roraima, Amazonas e Minas Gerais e do Distrito Federal.
A ABN (Agência Brasileira de Cooperação), do Ministério das Relações Exteriores, coordena a resposta humanitária, e o MIDR (Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional) chefia a missão.
O especialista da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do MIDR, major Leno Rodrigues de Queiroz, é o coordenador da equipe. Ele informou que se trata de uma missão exploratória, que inclui verificação das áreas afetadas por incêndios florestais e reuniões com autoridades do país vizinho.
“Estamos conversando com autoridades e verificando quais apoios o governo brasileiro pode dar. Já realizamos algumas visitas técnicas em áreas que foram atingidas pelos desastres e fizemos reuniões com autoridades locais para entender quais são as demandas existentes. Com essa missão, o governo brasileiro pretende apoiar o governo da Guiana na preparação para desastres e preparar o Brasil para uma possível atuação futura com a Guiana”, explicou o major Leno.
Representando o Governo de Roraima na missão, o major do CBMRR, Fernando Troster, destacou o propósito do trabalho e a importância da integração entre as corporações.
“O objetivo da missão é fazer um trabalho conjunto. No primeiro momento, estamos fazendo uma análise da questão dos incêndios florestais, mas já visualizando, no futuro, atuações de combate a incêndios e também a realização de treinamentos. É uma integração das corporações”, explicou o major.
Ele disse que, dentre os diversos temas discutidos em Georgetown durante uma reunião com o chefe da Defesa Civil da Guiana, coronel Hussein, foi conversado sobre apoio para realização de treinamentos, preparação de aeronaves para combate a incêndio florestal e acordos para operações conjuntas na área fronteiriça.
“Estamos também visualizando firmar acordos para possibilitar, em caso de ocorrências próximas à fronteira entre os países, uma atuação conjunta quando houver necessidade, tanto de um lado quanto do outro”, afirmou.
O major Troster informou que já foram feitos sobrevoos na Guiana, nas serras próximas ao Brasil e no litoral, para verificação de possíveis focos de incêndio. Ele acrescentou que, com o início das chuvas, a percepção é de que os focos de queimadas reduziram consideravelmente.
“Hoje vamos fazer um mapeamento de risco aqui na cidade de Georgetown, nos locais em que existem problemas com incêndios, na área dos manguezais e também nas áreas dos lixões”, finalizou o major Troster.
Vânia Coelho