Em tom ácido em vídeo que está sendo viralizado em aplicativos de mensagens, o deputado federal Duda Ramos (MDB) criticou a escalada de gastos do Governo do Estado com a Exposição-Feira Agropecuária de Roraima (Expoferr), comparando a situação com a política de pão e circo. A estratégia, que remonta ao ano 27 A.C. no Império Romano, era usada para distrair a sociedade dos problemas e dificuldades que ela enfrentava.
Duda Ramos alertou que essa tática ainda é adotada por alguns governantes nos dias atuais, embora a disseminação de informações por meio das redes sociais tenha tornado a população mais consciente.
“Eles esquecem que existe rede social e a população só é enganada se quiser, ou se não tiver homens e mulheres de coragem para falar a verdade”, destacou o deputado.
O parlamentar relembrou que em 2019, o mesmo evento custou R$ 600 mil aos cofres públicos. Este ano, a nova edição do evento contratado pela mesma empresa está custando R$ 2 milhões. “Isso é com o seu dinheiro. Pense nisso e vamos levar a verdade ao maior número de pessoas que pudermos”, enfatizou.
A denúncia de Ramos vai além dos valores astronômicos envolvidos. Ele levanta a questão da falta de transparência na contratação de empresas privadas para a realização desses eventos. “Como um governo que busca fazer um empréstimo quase bilionário para endividar o Estado está entregando nas mãos de uma entidade privada milhões de reais, uma verdadeira fortuna, sem transparência alguma com o dinheiro público”, questionou o parlamentar.
Ramos apontou ainda que a mesma entidade privada que ganhou a licitação para o Arraial do Anauá, sem licitação, foi a mesma que venceu a licitação para a Expoferr. “Sobre isso, falarei com mais detalhes em um próximo vídeo”, prometeu o deputado, sugerindo que mais revelações podem surgir.
Para o deputado, a questão dos gastos em eventos culturais reflete a necessidade de vigilância constante por parte da sociedade e da imprensa, visando a garantir que o dinheiro público seja gasto de maneira responsável e transparente.
“Compartilhe este vídeo e deixe o seu comentário aqui. Claro, a menos que você não seja funcionário público ou não dependa diretamente do governo, porque, do contrário, você pode ser perseguido”, alertou ao final do vídeo.