Enfermagem do HGR realiza tratamento humanizado com pacientes

Atividades atuam diretamente na condição mental, auxiliando na comunicação dos pacientes. – Fotos: Ascom/Sesau

Investir em medidas que visem melhorar a atenção em saúde dos pacientes sempre foi uma prioridade para o Governo de Roraima. Essa preocupação pode ser sentida principalmente no HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento), considerada a unidade hospitalar mais importante do Estado.

Graças à implantação de recreações terapêuticas, o tempo de internação de pacientes tem reduzido consideravelmente. A novidade tem sido executada pela equipe de enfermagem na unidade desde 2020, minimizando os efeitos da ansiedade.

A recreação terapêutica é entendida como um elemento facilitador e humanizado no processo de recuperação do paciente internado, conciliando a diversão e a terapia com atividades e dinâmicas de acordo com a necessidade de cada pessoa, o que faz com que a passagem pelo hospital seja menos traumática.

“Por visitar os pacientes diariamente, a enfermagem sentiu a necessidade de dar uma acolhida melhor para estas pessoas. Foi então que pensamos em ocupar o tempo deles com atividades manuais como os crochês e pinturas de várias formas”, destacou a diretora de enfermagem do HGR, Joelma Rebouças.

As atividades atuam diretamente na condição mental, auxiliando na comunicação dos pacientes, tornando o tempo de passagem pelo hospital menos traumático.

28Técnica em enfermagem do HGR, Antônia Monteiro ressalta a relevância da recreação terapêutica para o fortalecimento dos aspectos de humanização aos pacientes.

“Muitos pacientes da cardiologia e da oncologia ficavam deitados e cobertos sem conversar com ninguém. Então eu oferecia desenhos e lápis de cores para eles aguardarem os procedimentos com mais tranquilidade”, relatou.

A idealização da iniciativa da equipe de enfermagem ganhou força através da doação e voluntariado de alguns acompanhantes, que viram o resultado das atividades recreativas e se empolgaram com a evolução dos pacientes durante a internação.

“Para nós da coordenação de enfermagem, tanto para mim como para a Joelma, tem sido muito gratificante ver o sorriso de cada um deles quando eu entrego os desenhos e alguns lápis de cores. Isso tem sido uma felicidade enorme para mim, porque acabo ajudando-os no restabelecimento [da saúde] e com a ida deles mais rápido para casa”, salientou Antônia.

Internada por causa do câncer no intestino, Maria José Lima, de 49 anos, revelou que as atividades têm melhorado sua qualidade de vida.

“No primeiro dia que eu pintei, foi tão maravilhoso que cansei e dormi a noite todinha. Eu gostei porque eu consegui descansar, que era algo que não conseguia antes, pela ansiedade. Foi bom demais e todos os desenhos foram muito bem-vindos. Foi uma terapia para mim, pelo menos não fico pensando na doença”, declarou.

Suyanne Sá

 

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