Escola Estadual Indígena Lino Augusto Silva é premiada no 8º Prêmio Territórios Tomie Ohtake

Escola destacou-se pelo projeto “Língua Indígena na Mídia ArinMaraaka”, que promoveu a valorização e o ensino da língua indígena Macuxi por meio de mídias digitais. – Fotos: Ascom/Seed

A Escola Estadual Indígena Lino Augusto da Silva, localizada na comunidade Campo Alegre, Terra Indígena São Marcos, zona rural de Boa Vista, foi uma das dez instituições de ensino premiadas na 8ª edição do Prêmio Territórios, organizado pelo Instituto Tomie Ohtake.

A escola destacou-se pelo projeto “Língua Indígena na Mídia ArinMaraaka”, que promoveu a valorização e o ensino da língua indígena Macuxi por meio de mídias digitais, com o envolvimento de toda a comunidade escolar.

A conquista representa um marco para a educação indígena em Roraima, mostrando que é possível unir tradição e inovação para a construção de uma educação inclusiva e transformadora.

O Projeto “Língua Indígena na Mídia ArinMaraaka”

A iniciativa “Língua Indígena na Mídia ArinMaraaka” surgiu com o objetivo de fortalecer a cultura e a identidade indígena, especialmente entre os jovens da comunidade Campo Alegre com a parceria da instituição Casa da Árvore e Unicef.

O projeto foi estruturado pelos professores Nardeles Maximino da Silva, Lavínia Pereira Xavier, Marcílio Curicaca Leal, Raniery Nascimento e a gestora Eliandra Lourenço juntamente com os estudantes do 9º ano do ensino fundamental II, em colaboração com lideranças indígenas e famílias locais, que perceberam a necessidade de registrar e disseminar o idioma Macuxi como uma ferramenta de preservação cultural.

A proposta contou com a criação de conteúdos digitais, como vídeos no youtube. Os materiais exploraram temas relacionados ao cotidiano da comunidade, envolvendo também músicas e narrativas tradicionais.

“A ideia principal foi criar conteúdo na língua materna e divulgar através das plataformas digitais para que todos tenham acesso por meio da internet. Outra ideia é dar apoio à professores de língua indígena de outras comunidades para que também reconheçam a nossa língua. “, explicou o professor Raniey Nascimento.

A gestora da Escola Estadual Indígena Lino Augusto da Silva, Eliandra Lourenço, ressaltou a importância do prêmio para a comunidade. “Ganhar este prêmio é um reconhecimento do trabalho incansável de toda a nossa equipe, que se dedica para oferecer uma educação de qualidade e valorizar a cultura indígena. Além disso, é um incentivo para que busquemos a excelência no nosso trabalho”.

Reconhecimento e Prêmio

O Prêmio Territórios, que visa reconhecer e divulgar práticas pedagógicas inovadoras no ensino público, destacou a escola Lino Augusto como um exemplo de como a educação pode ser uma ferramenta para a valorização cultural e o fortalecimento da identidade indígena. Ao todo, 216 escolas participaram desta edição do prêmio, mas apenas dez foram selecionadas, incluindo instituições de várias outras regiões do Brasil.

Layse Menezes

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