A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) nº 07/2021, apresentada pelo deputado Evangelista Siqueira (PT) e outros parlamentares para tornar obrigatório o ensino de língua espanhola na rede estadual, foi aprovada em primeiro turno na sessão desta terça-feira, 12, e celebrada por vários professores que acompanham há dias o andamento da matéria.
O movimento “Fica Espanhol” começou após o Governo Federal, com a reformulação do “Novo Ensino Médio”, desobrigar a oferta da disciplina. A medida foi sancionada em 2017 (Lei nº 13.415) pelo ex-presidente Michel Temer (MDB).
A professora Monique Lima é formada em espanhol e comemorou com os colegas de profissão a vitória em primeira etapa. “Valorização do idioma. Que os nossos políticos possam nos representar. Nesse momento, precisamos tornar obrigatório o espanhol nas escolas, pois já o estão tirando da prova mais importante que é o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]”.
Mesmo com a medida, os estados têm o poder de legislar sobre o tema. “O Brasil é o maior país do Mercosul, cuja língua oficial é o espanhol. Resolvemos colocar a PEC para torná-lo obrigatório, mas é facultado aos pais e alunos optarem pelo inglês ou espanhol”, defendeu Evangelista Siqueira.
Além de buscar o apoio da Assembleia Legislativa, a deputada Aurelina Medeiros (PP) sugeriu aos professores que procurem a bancada federal para propor ao Governo Federal a exclusão de Roraima da medida.
Para a deputada Yonny Pedroso (PL), a localização geográfica do Estado impõe a necessidade de se ter a língua como componente obrigatório no ensino, ainda mais com a imigração venezuelana. “Essa interação social é uma realidade que só reforça a importância da PEC”.
“Temos oito países vizinhos que falam espanhol e acho importante que as pessoas o tenham como idioma também. Somos um país com bons relacionamentos comerciais e tenho a certeza de que essa Casa dará a garantia a estes profissionais”, destacou o deputado George Melo (Podemos).
“O espanhol é fundamental, pois estamos na tríplice fronteira”, ressaltou a deputada Betânia Almeida (PV). “Essa disciplina tem que ser ofertada nas escolas como sempre foi”.
Yasmin Guedes