Gestão das Políticas de Turismo em Roraima é exemplo para a Amazônia

O diretor do Detur, Bruno Muniz, apresentou a experiência do Programa de Visitação Turística em Terras Indígenas desenvolvido em Roraima. – Fotos: Divulgação/Detur

A expertise de Roraima na gestão das políticas de turismo esteve em evidência no último final de semana durante o III Concerto Ambiental de Altamira, município localizado na região oeste do Pará. O evento contou com a presença do diretor do Departamento de Turismo da Secretaria de Cultura e Turismo de Roraima, Bruno Muniz de Brito.

O Concerto Ambiental apresentou a situação ambiental do território altamirense, proposições para conservação florestal e estratégias para harmonizar o meio ambiente com o desenvolvimento econômico do município. O evento atraiu autoridades municipais, pesquisadores, representantes indígenas, entidades filantrópicas, empresas privadas, produtores rurais e ribeirinhos, além de órgãos das esferas municipal, estadual e federal.

A participação do diretor Bruno Muniz ocorreu no dia 7 de junho, na composição do Eixo 4, que tratou sobre o Turismo Ambiental, abordando o tema Etnoturismo e Visitação Turística em Terras Indígenas. Ele apresentou a experiência do Programa de Visitação Turística em Terras Indígenas desenvolvido em Roraima.

Muniz destacou a importância da aproximação entre o agronegócio e o turismo por meio da Rota do Cacau, criada pela prefeitura de Altamira e apoiada pelos empresários da região. Os roteiros turísticos que compõem a Rota do Cacau representam um grande passo para o desenvolvimento do agroturismo em Altamira, além da futura implementação da visitação turística em terras indígenas das comunidades interessadas.

O III Concerto Ambiental de Altamira teve como pilar o “Projeto Refloresta Altamira”, que visa cumprir metas de restauração florestal e implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) definidas no I Concerto Ambiental de Altamira, conforme a legislação ambiental atualizada do município.

Os objetivos do Projeto Refloresta Altamira incluem a recuperação de 812 hectares de áreas degradadas com espécies florestais nativas da região, utilizando a implantação de SAFs com espécies como cacau, cupuaçu e açaí, como alternativas de reflorestamento para recomposição de áreas de preservação permanente, reserva legal e áreas de uso alternativo do solo, em unidades de produção familiar no município. Além disso, o projeto prevê a instalação de um viveiro para produção de 587.680 mudas agroflorestais, que passarão por adaptação e aclimatação.

Como nas edições anteriores, o III Concerto Ambiental de Altamira incluiu a III Feira de Bioeconomia, com a participação de representantes do comércio local, povos indígenas e outros, promovendo a valorização da culinária, artesanato e cultura locais, bem como produtos e práticas sustentáveis da região, incluindo produtos madeireiros e não madeireiros, além de produtos da agricultura familiar.

Jacildo Bezerra
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