Governo de RR avalia índice de confiança dos pequenos negócios

Estão sendo avaliados os ambientes de negócios e situando, principalmente, as necessidades de políticas públicas de apoio. – Fotos: Ascom/Seadi

Constante na promoção da escalada econômica de Roraima, o Governo do Estado, por meio da Seadi (Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação), tem fomentado diferentes estratégias de negócios favorecendo o empreendedorismo.

Nesse objetivo, durante 45 dias, uma equipe técnica da Seadi está percorrendo diferentes bairros da Capital, mapeando pontos estratégicos de comercialização utilizando um aplicativo simples para a aferição de dados sobre o perfil empresarial local.

“O primeiro passo do levantamento simplificado está sendo finalizado com sucesso. Estamos avaliando os ambientes de negócios e situando, principalmente, as necessidades de políticas públicas de apoio”, destacou o coordenador-técnico Wladimir Cavalcanti.

Sobre o parâmetro atual da pesquisa, o coordenador ressaltou: “Já levantamos o quantitativo de 695 registros e mais 103 serão completadas ainda nesta semana para finalizarmos o levantamento empresarial em Boa Vista. Com os dados em mãos, o Governo do Estado terá uma visão real do perfil empreendedor local e poderá, dessa forma, fomentar novas políticas públicas diante das necessidades empresariais em Roraima, onde os benefícios empregatícios garantem serviço e renda ao povo e mais economia para a nossa região”, comentou.

Para o secretário estadual Emerson Baú, a estratégia do programa é estimular o empreendedorismo roraimense. “Com a delimitação cartográfica dos polos comerciais, conhecendo as características específicas dos lojistas, o Governo do Estado efetivará novos projetos de fortalecimento dos pequenos negócios para que possam, sobretudo, assegurar mais serviços, trabalho e renda para o povo em nosso Estado”, comentou.

O governador Antonio Denarium também avaliou o objetivo do programa. “Este trabalho é muito importante e primoroso para observarmos também o crescimento das empresas, além do desenvolvimento do mercado local com novos investidores aplicando recursos, fomentando trabalho e renda para a nossa população que tem crescido bastante nos últimos anos”, concluiu.

Percepção dos lojistas

A cearense Maria Lucilene vive há 37 anos em Roraima trabalhando no comércio. Ela relacionou os anos anteriores com o momento atual de negócios.

“Hoje o segmento comercial está muito diferente de outras décadas, tendo melhorado bastante, apesar da recorrente pandemia que anteriormente manteve as lojas fechadas, conseguimos voltar com mais trabalho e serviços. Também destacando o mercado de fronteira, as pessoas sempre buscam produtos mais em conta, indiferente da qualidade, e essa é uma condição que poderia ser ajustada com políticas públicas, motivando uma fiscalização mais pertinente no intuito de favorecer uma economia mais justa e próspera para todos”, comentou.

Já o comerciante Pierre Silvano, paraibano de 55 anos, vive há 2 anos em Roraima. Ele avaliou com negatividade o mercado atual sobre os produtos literários, educacionais, revistas e quadrinhos.

“Não vejo com bons olhos o tempo presente no segmento das bancas. Um mercado que vem diluindo as vendas nos últimos anos, sofrendo bastante com a inflação desmerecendo os conteúdos de conhecimento. Todavia, a minha perspectiva é com a retomada dos bons tempos, desde que haja políticas públicas que realmente valorizem o trabalho e a educação. Dessa forma, esperamos mais capitalização no bolso do povo roraimense para beneficiar o mercado regional com a circulação financeira, ampliando ainda o nosso mercado de fronteira, em que o nível de investimento e consumo já acontece com mercadorias essenciais, porém os produtos mais distintos também necessitam de potente comercialização. Ou seja, é preciso uma evolução do mercado local para o empreendedor avançar nos negócios”, pontuou.

Michel Sales

 

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