O HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento) iniciou no sábado, 22, o terceiro mutirão de cirurgias de artroplastia total de quadril. No período, que segue até o dia 30 de junho, serão operados 30 pacientes.
“Espero que ela melhore cada vez mais e que possa ter a mobilidade recuperada”, disse a servidora pública Natalie Rodrigues, que está acompanhando a paciente Juliana Karyne Rodrigues, que passou pelo procedimento.
Juliana Karyne foi uma das participantes do mutirão de cirurgias de artroplastia total de quadril, um sonho de muitos pacientes da ortopedia que desejam alcançar qualidade de vida e mobilidade.
“Ela sentia muitas dores, a perna travava, estalava e fazia com que ela sentisse muitas dores”, relembrou a companheira de Juliana.
Há dois meses, a paciente deu entrada nos exames para passar pela cirurgia, procedimento que se tornou necessidade após ter a mobilidade comprometida por conta de um desgaste da cabeça do fêmur.
“A cirurgia foi bem sucedida, ela [Juliana] foi muito bem atendida pela equipe dos médicos e enfermeiros. Graças a Deus hoje está tendo alta e esperamos que ela melhore cada vez mais”, afirmou Natália.
Sobre o procedimento
De acordo com o médico cirurgião, Pedro Ivo Ferreiro, a artroplastia total de quadril é um procedimento utilizado para corrigir a artrose de quadril, um problema físico caracterizado pelo desgaste da articulação do quadril.
Na grande maioria dos casos, o problema provoca intensa dor, limitando a movimentação do quadril.
“É uma cirurgia que coloca uma prótese de quadril em pacientes que têm um desgaste, chamado de artrose no quadril. São pacientes normalmente com uma situação clínica ruim, porque ele tem dor, ele tem limitação e é funcionalmente inativo”, completou Ferreiro, que destacou que mais 200 desses procedimentos foram realizados no HGR em menos de dois anos.
Para o médico, os mutirões são de grande importância, visto que estão dando mais celeridade às filas de cirurgias ortopédicas.
“[Antes], os pacientes precisavam entrar no Programa de TFD [Tratamento Fora do Domicílio], e ocorriam em outros Estados. Hoje, realizar essas cirurgias é um ganho, principalmente para o paciente, para a qualidade de reabilitação, qualidade de vida e para o resultado final, ao fazer a cirurgia no local que ele reside”, ressaltou o médico.
Resultados positivos
Em um ano e seis meses, a Sesau (Secretaria de Saúde) realizou mais de 5 mil cirurgias ortopédicas, além de 17.563 atendimentos ambulatoriais.
“Estamos conseguindo, na parte da ortopedia, especificamente falando do quadril, praticamente zerar [a fila de cirurgias]. Hoje um paciente que dá entrada no serviço, ele passa por todo processo normal de atendimento, solicitação de cirurgia, autorização da secretaria e execução, está demorando em torno de dois, três meses”, destacou o ortopedista.