IFRR: curso de Gestão Pública promove debate sobre os 40 anos de redemocratização do País

Evento faz parte do projeto Gestão Pública em Debate, tendo como palestrante o jornalista e professor Paulo Thadeu Franco das Neves. – Fotos: Amarildo Ferreira Junior e Arquivo Pessoal

O curso superior Tecnologia em Gestão Pública ofertado pelo Campus Boa Vista Zona Oeste do Instituto Federal de Roraima (CBVZO/IFRR) está organizando o evento Gestão Pública em Debate – 40 Anos de Redemocratização: Gestão Pública, Bem Comum e o Movimento Estudantil na Construção de uma Amazônia Rebelde. Ele está agendado para quinta-feira da próxima semana, 3, a partir das 19h30, no auditório da unidade, localizada no Bairro Laura Moreira, em Boa Vista (RR).

Estudantes, professores e comunidade externa podem participar. As inscrições devem ser feitas pelo Suap. Haverá certificado para os participantes. Conforme os organizadores, o foco do encontro será uma reflexão crítica sobre os desafios da gestão pública e sobre a luta pelo bem comum, destacando o papel fundamental do movimento estudantil na resistência democrática e na construção de uma sociedade mais justa – especialmente na Amazônia, região marcada por conflitos socioambientais e desigualdades históricas.

O evento contará com palestra ministrada pelo professor e jornalista Paulo Thadeu Franco das Neves. O convidado especial é natural de Roraima, nascido na Terra Indígena Anaro, do povo macuxi, no Município do Amajari. Neves é servidor público, professor das redes municipal e estadual de ensino. É também escritor, produtor cultural e ativista dos direitos humanos há mais de 40 anos, além de presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Roraima (Sinjoper). (Veja o currículo completo do palestrante aqui). 

O encontro será mediado pelo professor do CBVZO Amarildo Ferreira Júnior, que também é diretor do Departamento de Políticas de Pesquisa e Pós-Graduação do IFRR, vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Propespi). (Confira o currículo do docente aqui) Segundo Ferreira, o objetivo da ação é apresentar reflexões sobre gestão pública, participação social e luta por identidade e memória no movimento estudantil amazônico. Ele esclarece que a palestra fará alusão à memória crítica em relação ao golpe que instituiu uma ditadura empresarial-militar no Brasil a partir de 1.º de abril de 1964 e aos 40 anos da redemocratização do País, celebrados no dia 15 de março de 2025.

Como parte do projeto Gestão Pública em Debate, esta edição é focada na disciplina Fundamentos de Administração. Ferreira explica a relação do tema com o componente curricular.

“Buscamos articular a ênfase dada pelo componente curricular aos elementos que distinguem à gestão pública em relação às técnicas e políticas privadas de administração, em especial sua orientação à justiça social e à ética do bem comum, com o papel da juventude e das organizações estudantis na defesa do interesse público, da gestão democrática, da participação social e da justiça ambiental na Amazônia, temas discutidos pelo palestrante em seu recém-lançado livro Amazônia Rebelde: Identidade e Memória do Movimento Estudantil.

Organização do evento

A realização desta edição do projeto é de responsabilidade do Núcleo Docente Estruturante do curso superior Tecnologia em Gestão Pública do IFRR e do Epahei (Grupo de Pesquisa em Etnopolítica, Pensamento Administrativo e História do Estado e das Instituições. Conta ainda com apoio do Amazonicidades – Observatório das Cidades, Vilas e Territórios Amazônicos, e do Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Fronteiras da Universidade Federal de Roraima (PPGSOF/UFRR).

Jornalista e professor Paulo Thadeu Franco das Neves.

Sinopse da publicação do palestrante

De autoria do escritor, jornalista e professor Paulo Thadeu Franco das Neves, o livro Amazônia Rebelde: Identidade e Memória do Movimento Estudantil resgata décadas de mobilizações estudantis no norte do Brasil – da resistência à ditadura às jornadas do “Fora, Collor” e do “Fora, Bolsonaro”. Por meio de jornais, documentos e relatos, a obra revela como estudantes amazônidas enfrentaram perseguições políticas, disputas ideológicas e a destruição ambiental, contribuindo para a formação de uma consciência crítica e coletiva.

Sofia Lampert, com informações da Propespi/IFRR

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