Inquirição: Fernando Oliveira afirma que desconhece representante do Jogo do Tigrinho no Brasil

Mesmo na tentativa de escapar da reunião da CPI das Bets nesta terça-feira, empresário respondeu aos questionamentos de senadores e teve convite reiterado pelos parlamentares. – Foto: Ascom Parlamentar

Na primeira inquirição da CPI das Bets (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Senado Federal, ocorrido nesta terça-feira, 26, três dos cinco convidados compareceram. A reunião foi presidida pelo senador Dr. Hiran (Progressistas-RR) e transmitida ao vivo pela página oficial do YouTube do Senado.

O único empresário a comparecer foi o CEO da empresa One Internet Group (OIG), suspeito em envolvimento com o Jogo do Tigrino, Fernando Oliveira, além dos delegados Erik Salum (DF) e Paulo Gustavo Gondim (PE).

Durante os questionamentos, Fernando Oliveira, o Fernandin OIG, afirmou não ter ligação com o Fortune Tiger, conhecido popularmente no Brasil por Jogo do Tigrinho, mas que hospeda o game em sua plataforma digital. Questionado sobre com quem trata pela manutenção da hospedagem do jogo no País, ele afirmou que não conhece e que eles não tem representatividade na Federação brasileira.

O empresário se comprometeu a comparecer novamente à CPI, de forma espontânea, assim que os relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF forem disponibilizados ao colegiado.

No decorrer da reunião, a CPI das Bets abordou a influência de famosos da internet em redes sociais e a possível conduta de menores de idade na falsificação de contas nas plataformas de apostas. Para o senador Dr. Hiran, as propagandas com animações e cores vibrantes apelam o lado lúdico. Em relação à preocupação com a saúde mental, o empresário afirmou que tem investido em programas e em projetos para auxiliar a população.

A apresentação do delegado Erick Salum demonstrou como agem os donos de plataformas internacionais, que se utilizam de documentos comprados no Brasil para abertura de contas e empresas de instituições da pagamentos. Também foi demonstrado o caminho do dinheiro arrecadado nos jogos, que acabam indo para outros países e, desta maneira, o governo brasileiro deixa de arrecadar e de investir em políticas públicas para os nacionais.

A CPI das Bets confrontará todos os documentos e relatórios de inteligência financeira com os depoimentos dos convidados e convocados às reuniões. Além de apurar o possível envolvimento em crimes como organização criminosa e lavagem de dinheiro no Brasil, a CPIBETS investigará a influência dos jogos de apostas virtuais na Saúde e no orçamento das famílias brasileiras, sobretudo a utilização de recursos de programas sociais como o Bolsa Família em jogos de azar.

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