As inscrições para a edição Boa Vista do casamento coletivo “Enfim, Casados!” foram prorrogadas até o dia 5 de abril, sexta-feira. Restam vagas somente no Cartório do 2º Ofício Daniel Aquino. A celebração ocorrerá no dia 10 de maio, no Parque do Rio Branco.
Para realizar esse evento a Defensoria Pública do Estado de Roraima (DPE-RR) conta com a parceria da Prefeitura Municipal de Boa Vista, Vara da Justiça Itinerante do Tribunal de Justiça e cartórios Loureiro e Aquino.
A técnica de enfermagem, Juliana Richil, 46 anos, vive há 18 anos com Flávio Souza dos Santos, operador de empilhadeira, 46 anos. O casal decidiu oficializar sua história de amor por meio do casamento coletivo da DPE-RR.
“A gente se conheceu um tempo atrás. Ele era viúvo, a esposa dele faleceu e o filho dele também. Eu já tinha duas filhas de outra união. Para mim, esse casamento tem muito significado, porque era um sonho, acho que toda mulher tem esse sonho. Encontrar a pessoa certa, encontrar a pessoa que você quer passar o resto da sua vida junto, ter sua família, ter seu lar, foi tudo que eu sempre quis. E gratuito ainda, foi um presente de Deus”, disse.
Além da oportunidade de participação no casamento coletivo, Juliana e Flávio contam que já foram assistidos pela Defensoria em um momento muito especial de suas vidas, quando adotaram seu filho, Marcos Anthony, hoje com 7 anos de idade.
“Quando eu conheci ele, ele era uma pessoa muito triste, muito deprimido, porque ele tinha vontade de ser pai. Eu já tinha minhas duas filhas e aí surgiu a ideia de adotar uma criança, e nós concordamos. Eu trabalho na área indígena e lá conheci uma família e eles me deram um bebê, pois, não tinham condição de ficar com ele. Demos entrada na Defensoria, ele saiu da maternidade registrado no nome da mãe biológica, depois o documento dele passou pro nosso nome, hoje ele é registrado no nosso nome. E estamos aqui, para contar o nosso testemunho de felicidade e gratidão pela Defensoria”, contou Juliana, emocionada.
Documentação
O escrevente autorizado do cartório do 2º Ofício, Júnior Freitas, responsável pelas inscrições, relaciona a documentação necessária e ressalta a importância dos direitos adquiridos, mediante a formalização da união dos casais.
“Para quem é solteiro, certidão de nascimento, documento com foto, comprovante de residência. Divorciado precisa da certidão de divórcio. Viúvo, certidão de óbito e certidão de casamento. Cada casal precisa de duas testemunhas. A materialização do casamento, por meio da habilitação que é feita pelo seu rito, concretiza direitos, facilita a comprovação de um direito que, em uma união estável, não é concretizada. Com a certidão de casamento isso fica de fato materializado, você não precisa judicializar nenhuma ação, já que é comprovado diretamente com a própria certidão”, explicou.
Para os casamentos coletivos em Boa Vista e Caracaraí somente podem participar casais formados por brasileiros, por ser um processo único na justiça, que possui tramitação diferente de um casamento para estrangeiros. Até o final do ano a Defensoria irá promover um casamento coletivo para casais formados somente por estrangeiros ou estrangeiros e brasileiros.
Caracaraí
As inscrições estão abertas e seguem até 18 de abril. As noivas e noivos devem apresentar a documentação exigida e levar duas testemunhas no ato da inscrição, no Cartório Távora: Ofício Único da Comarca de Caracaraí, localizado na avenida Dr. Zanny, 2327, Centro de Caracaraí, entre 8h e 12h. Foram disponibilizadas vagas para 60 casais.
