Janeiro Roxo: policlínica Coronel Mota oferece atendimento dermatológico sem agendamento até sexta-feira

A programação inclui palestras educativas sobre prevenção, sintomas e tratamento da hanseníase, além da distribuição de materiais informativos. – Fotos: Ascom/Sesau

Até o fim deste mês, a Policlínica Coronel Mota estará de portas abertas para atender a população para o diagnóstico precoce e tratamento da hanseníase. A iniciativa faz parte do Janeiro Roxo, campanha nacional que busca combater o estigma e destacar a importância da prevenção.

Durante a semana, das 7h às 13h, a unidade oferecerá serviços gratuitos, como triagem, consultas dermatológicas, exames de pele, testes rápidos e avaliações neurológicas.

A diretora técnica da Policlínica Coronel Mota, Liliane Aparecida, destacou que o intuito também é ampliar o acesso à informação sobre o tema.

“A hanseníase é uma doença que, apesar de ter cura, ainda causa medo e preconceito. Nosso objetivo é educar a população para identificar os sinais precoces e procurar ajuda médica o quanto antes. Isso não só reduz as chances de complicações graves, mas também quebra a cadeia de transmissão da doença”, disse.

A programação inclui palestras educativas sobre prevenção, sintomas e tratamento da hanseníase, além da distribuição de materiais informativos. O evento será encerrado com um momento cultural, no dia 31, com a apresentação do cantor Ailton Cruz.

Sintomas e tratamento

A hanseníase, que ainda é cercada por mitos e desinformação, tem como principal sintoma manchas na pele com perda de sensibilidade, que nem sempre são visíveis a pessoas leigas. Segundo a dermatologista Laila Acácia, referência em hanseníase na unidade, a doença pode evoluir para quadros mais graves se não tratada a tempo.

“Nos estágios avançados, a hanseníase pode causar danos irreversíveis aos nervos, levando a deformidades como mão em garra, pé caído e até problemas de visão. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental. O exame físico simples, realizado nas Unidades Básicas de Saúde, já pode identificar os casos, para início imediato do tratamento”, explicou a especialista.

A médica ressaltou que a hanseníase tem cura e que o tratamento, disponível gratuitamente no SUS (Sistema Único de Saúde), varia de seis a 12 meses, dependendo do estágio da doença. “Quanto mais cedo começarmos, menos danos o paciente terá, tanto físicos quanto psicológicos”, completou.

Entre os participantes do evento está a maquiadora Bianca Rinald. Diagnosticada com hanseníase, ela compartilhou a própria história para incentivar outras pessoas a buscarem ajuda.

“No início, foi difícil reconhecer os sintomas e obter o diagnóstico. Mas o mais importante é saber que existe tratamento e cura. A sociedade precisa entender que a hanseníase não é motivo de vergonha”, afirmou.

Serviço

Atendimentos contra hanseníase

Período: até sexta-feira, dia 31 de janeiro de 2025

Horário: 7h às 13h

Local: Policlínica Coronel Mota

Atendimento: Triagem, consultas dermatológicas, exame de pele, teste rápido e avaliação neurológica.

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