
Subir o Monte Everest, montanha mais alta do mundo com quase 9 mil metros (localizado no Nepal), é um desafio que exige planejamento e determinação. O empresário da área de comércio exterior, Joel Kriger, concluiu esse desafio em 2022, aos 68 anos de idade, tornando-se o brasileiro mais velho a realizar o maior sonho de quase todo alpinista. Ele estará na Universidade Estadual de Roraima (Uerr) para contar essa história.
A palestra “Suba, Nade, Corra, Pedale e Aproveite a Paisagem” acontece nesta quinta-feira, 23 de outubro, às 18h30, no auditório do campus Célia Maria Magalhães Nobre, durante o segundo dia de programação do VI Simpósio de Pesquisas em Administração da Uerr. Kriger frisa que há muitas semelhanças entre a subida do Monte Everest e a rotina dos administradores e da comunidade acadêmica.
“O planejamento, a preparação, o foco, a execução, encontrar os obstáculos, voltar, planejar novamente e seguir em frente. Tudo isso é mostrado na palestra sutilmente, mostrando o meu desafio e mostrando como é que os alunos da Administração e os administradores e os empreendedores têm que fazer para poder obter sucesso”, conta. Aos 71 anos, Kriger planeja novas expedições mundo afora ainda para este ano.

A palestra de Kriger conversa diretamente com os jovens e adultos que enfrentam o desafio que é o ensino superior. Os mais novos estão explorando novas realidades, e os mais velhos tentam conciliar os estudos com as metas pessoais, como cuidar da família. Para essas pessoas Joel ressalta: “O ambiente acadêmico permite aos jovens aprenderem algo novo e aos mais idosos atualizar conhecimentos. Essa fase prepara todos para enfrentar desafios da vida”.
Aos 50 anos de idade, antes de planejar e subir o Monte Everest, Kriger era totalmente sedentário. “Comecei em 2003 e em 2013 eu fiz a primeira tentativa”, comenta ao lembrar da preparação para escalar a montanha mais alta do mundo. “Eu tinha que conciliar minha vida profissional com aquilo que eu estava com vontade de fazer. É uma coisa que ajuda muito em todas as áreas da vida da gente”, enfatiza sobre as mudanças em sua vida.
O topo do Everest não foi conquistado logo na primeira tentativa. “Em 2014 eu fui fazer Ironman, que aí eu vi que dava para correr, fui aprender a andar de bicicleta, porque é uma coisa que a gente esquece. E aí a coisa foi assim, desenvolvendo, eu comecei a participar de competições de Ironman, a natação, e treinando. O Canal da Mancha eu já tentei três vezes, mas ainda não consegui”, detalha sua preparação para o Everest.

Kriger pensa também em desafios na Região Amazônica. Entre eles, subir o Monte Roraima e o Pico da Neblina, no Amazonas. No estado vizinho ao nosso, esse não será provavelmente o único desafio. “Eu quero fazer a travessia do Rio Negro, que é uma travessia muito difícil. O Brasil é um país desafiador e a gente não pode ir só para fora e esquecer que aqui é um mundo diferente e a gente tem que valorizar isso”, adianta alguns planos.
Joel Kriger informou que ainda pensa em voltar ao topo do Monte Everest para quebrar o próprio recorde e continuar com o título de brasileiro mais velho a ter essa conquista no currículo. Na manhã desta quinta-feira, 23, ele esteve na reitoria da Uerr para conversar com o reitor Cláudio Travassos. A reunião ocorreu durante café da manhã que contou com as presenças das professoras Marta Rufino e Ana Luiza Wellen, da equipe organizadora do Simpósio.

