Minicurso do Teamarr aborda desafios do turismo inclusivo em Roraima

Capacitação ocorreu nesta quarta-feira (22) para alunos da UEER. – Fotos: Jader Souza | SupCom/ALERR

O Centro de Acolhimento ao Autista (Teamarr), programa permanente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), promoveu nesta quarta-feira, 22, o minicurso “Autismo e Turismo Inclusivo na Prática”, voltado para alunos da Universidade Estadual de Roraima (UERR) e profissionais da área.

A capacitação foi ministrada por Jane Lira e Ana Lídia Mendanha, coordenadoras do Turistea — projeto pioneiro implantado em 2023, que proporciona vivências turísticas a crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) atendidos pelo Teamarr.

Durante o encontro, foram apresentados o passo a passo das ações realizadas em Roraima e os principais desafios do turismo inclusivo.

Ana Lídia Mendanha, psicopedagoga e coordenadora do Turistea.

Entre os tópicos abordados, destacaram-se a falta de capacitação profissional, a escassez de ambientes adaptados, a carência de informação acessível e as barreiras sociais, físicas e sensoriais. Segundo Ana Lídia Mendanha, o Turistea tem sido convidado por diversas instituições para apresentar sua metodologia e auxiliar na implementação de práticas inclusivas.

“A ideia do Turistea é justamente essa: ensinar como o turismo inclusivo funciona e incentivar sua aplicação. Ainda há muitas dúvidas sobre o autismo e como lidar com pessoas autistas, e o nosso papel é esclarecer essas particularidades e individualidades”, explicou a coordenadora.

Ela destacou ainda que o projeto integra lazer, cultura e valorização dos pontos turísticos do Estado.

“Queremos que as pessoas conheçam a história e a riqueza natural de Roraima. O turismo é para todos, independentemente de suas limitações”, completou.

A turismóloga Andreza da Silva, aluna egressa da instituição, elogiou a iniciativa.

Atuação futura e mais inclusão

A turismóloga Andreza da Silva, egressa da UERR, elogiou a iniciativa, especialmente pela abordagem sensorial e o uso de recursos visuais durante o minicurso. Ela afirmou que pretende atuar futuramente nas áreas de turismo inclusivo e terapia ocupacional.

“O autismo é uma pauta muito pertinente no cenário atual. Os recursos visuais e sensoriais são ferramentas que já usamos no turismo convencional e que também chamam a atenção de pessoas com TEA. É essencial aplicá-los para tornar as experiências mais acessíveis e atrativas”, ressaltou.

Para Gabriel de Sousa, estudante do curso de História, o minicurso ampliou sua visão sobre a acessibilidade de pessoas autistas em diferentes ambientes.

“Achei o tema muito interessante, porque ainda é pouco explorado. A trilha [Zé de Nana], por exemplo, é um percurso desafiador, mas a inclusão é um direito de todos. É importante que pessoas de qualquer área participem de capacitações como essa”, avaliou.

Gabriel de Sousa, aluno do curso de História.

Turismo inclusivo: o que é

O turismo inclusivo busca criar experiências acessíveis e igualitárias, atendendo às necessidades de todas as pessoas, independentemente de habilidades, idades, deficiências, origem ou orientação. Mais do que eliminar barreiras físicas, envolve adaptação de espaços, serviços e capacitação de profissionais, garantindo conforto, segurança e autonomia a todos os visitantes.

Sobre o Turistea

O Turistea tem como propósito tornar Roraima um destino cada vez mais acessível e inclusivo. Entre seus objetivos estão:

· Promover experiências turísticas seguras, educativas e acessíveis;

· Fortalecer o vínculo familiar e comunitário;

· Valorizar o patrimônio histórico e natural de Roraima;

· apacitar profissionais das áreas de turismo e hospitalidade.

Suzanne Oliveira

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