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Na manhã da última quarta-feira, 5, o Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), por meio do Grupo de Atuação Especial de Vítimas, Minorias e Direitos Humanos (GAEVI-MDH), se reuniu com a delegada, Miriam Di Manso, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa e responsável pelo Núcleo de Investigações de Pessoas Desaparecidas.
O encontro teve a participação dos Promotores de Justiça, André Paulo dos Santos Pereira, Joaquim Eduardo dos Santos e Lucimara Campaner.
O objetivo foi ampliar o diálogo e a cooperação entre as instituições para aumentar a eficiência ao trabalho de localização e identificação de pessoas desaparecidas em Roraima. De acordo com a Polícia Civil, entre os anos de 2020 e 2024, foram registrados 1919 casos de desaparecidos no estado. No mesmo período, já foram localizadas 980 pessoas. Hoje, 904 casos continuam em aberto.
A localização geográfica, com fronteiras internacionais, a crise humanitária na Venezuela, gerando um grande fluxo de pessoas migrantes, e a atividade do garimpo ilegal, são fatores que tornam Roraima um estado com peculiaridades relacionadas ao desaparecimento de pessoas. Para o coordenador do GAEVI-MDH, André Pereira, os números são consideráveis e a situação exige esforços conjuntos para o enfrentamento do problema.
“Por isso, o Ministério Público se reuniu com a Polícia Civil para discutir os fluxos de trabalho e as possibilidades de alinhamento de atividades e cooperação mútua, com o objetivo de dar respostas à sociedade”, destacou o coordenador.
Segundo a delegada, a Polícia Civil tem várias ações voltadas para a questão dos desaparecidos em razão dos últimos acontecimentos, como a descoberta de um cemitério clandestino na capital.
“É uma situação bastante sensível, a Polícia Civil tem esse compromisso com a sociedade em dar uma resposta em relação a cada informação que chega sobre alguém que desapareceu. O Ministério Público é uma instituição de muito peso, respeitada e em todos os lugares que chega tem muito acesso. Essa relação é muito válida no sentido de nos apoiar nas ações que estão em andamento”, disse Miriam Di Manso.