Mulheres são 70% dos servidores da Prefeitura de Boa Vista

São cerca de 12 mil servidores, sendo 8.903 mulheres. – Fotos: Semuc/PMBV

A Prefeitura de Boa Vista é referência quando o assunto é respeito profissional por mulheres. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), as mulheres ocupam hoje menos de 40% de cargos de liderança no Brasil. Neste cenário de desvalorização do trabalho feminino, a gestão boa-vistense, por outro lado, tem um quadro funcional composto por 75% de servidoras.

A representação feminina na administração pública está em crescimento e as mulheres lideram pastas como a Procuradoria-Geral do Município e as secretarias municipais de Educação e Cultura (SMEC), Saúde (SMSA), Obras (SMO), Gestão Social (SEMGES), Projetos Especiais (SMPE), entre outras.

Uma das mulheres a exercer um importante papel no município é Deusiana Gouveia, secretária municipal de Obras (SMO). Para ela, é importante inspirar suas colegas. “Acredito que a atual gestão está fazendo um excelente trabalho para promover a igualdade de gênero dentro das secretarias. É necessário que haja a representatividade feminina, para ocuparmos todos os espaços sociais e por isso, busco incentivar outras mulheres a buscarem posições de liderança e quebrar estereótipos”, disse.

Além de estar à frente de uma secretaria predominantemente masculina, Deusiana equilibra a profissão com a responsabilidade de ser mãe. “Cumprir com esses dois papéis é uma jornada intensa. Esse equilíbrio requer uma dose extra de organização, mas proporciona uma sensação única de conexão com meus filhos e realização com o mundo profissional”, completou.

Já a superintendente da Secretaria Municipal de Administração e Gestão de Pessoas, Katiane Nogueira, acumula 11 anos de carreira na prefeitura e destaca seu compromisso com o trabalho. “Acredito que a maior característica da liderança feminina é o cuidado. Somos mulheres e mães. Então, sempre busco qualidade de trabalho, com zelo, amor e dedicação”, disse.

Para Katiane, as mulheres têm lutado cada vez para conquistar espaços e reconhecimento. “Superamos desafios diariamente para alcançar esses cargos e manter essas posições, ocupando o que nos pertence. É um desafio, uma busca constante por conhecimento que vale a pena, aproveito as oportunidades de desenvolvimento profissional e assumo novos desafios. E também precisamos apoiar umas às outras, para que todas se sintam capacitadas”, completou.

Proteção de vítimas de violência doméstica

O grupamento da Guarda Civil Municipal está na linha de frente contra a violência doméstica na cidade, garantindo a saúde física e mental às vítimas assistidas pelas equipes. Além disso, oferece acolhimento e proteção.

Até janeiro deste ano, a equipe já recebeu 242 medidas protetivas para acompanhamento. E encerrou o ano de 2023 com 2.258 mulheres recebendo atendimento humanizado. O objetivo é reduzir o índice de violência contra a mulher em Boa Vista.

Políticas públicas para a maternidade

As mulheres que se tornam mães contam com políticas públicas que auxiliam na tarefa de cuidar dos filhos na fase mais complexa e importante para o desenvolvimento da criança, a primeira infância (da gestação aos seis anos).

O programa Família Que Acolhe (FQA), atende cerca de 8 mil mulheres em toda a capital. No projeto, profissionais capacitados das áreas de saúde, educação, gestão social e outros setores formam uma rede de apoio, oferta de serviços e proteção à mulher e à criança, para que ambas possam viver esse momento com mais qualidade.

Em outra medida, as servidoras do município ganharam o direito a sete meses de licença-maternidade. Cerca de 833 servidoras já foram beneficiadas por essa política, que aumenta a permanência da mãe com o filho, além do fortalecimento de vínculos nos primeiros meses de vida da criança.

Ana Luiza Cardoso

 

 

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