A PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio da equipe da Delegacia de Pacaraima, autuou em flagrante ao longo do dia de ontem, 8, o indígena T.S., de 31 anos, acusado de estupro de vulnerável contra uma menina de 12 anos, que há dois anos vinha sofrendo violência sexual. Foi representado também por Medidas Protetivas de Urgência contra o acusado.
De acordo com o Delegado Titular da Delegacia de Pacaraima, Valdir Tomasi Rosa, o caso veio à toma após um registro de desaparecimento vítima, efetuado por sua mãe, no Destacamento da Polícia Militar na sede de Uiramutã, na tarde do dia 07.
A menina foi encontrada pelo próprio padrasto e como as buscas estavam sendo acompanhadas pelo Conselho Tutelar, ela foi encaminhada ao hospital. Ela terminou confessando que fugiu porque não aguentava mais sofrer violência sexual por parte do padrasto e que tinha medo de contar para sua mãe. O homem foi preso, negou as acusações e foi apresentado na Delegacia de Pacaraima.
A vítima relatou que morava com a avó e que foi morar com a mãe no Uiramutã. Há dois anos, segundo ela, vinha sofrendo a violência sexual, o que somente ocorria quando a mãe estava ausente. Disse que fugiu de casa na madrugada do dia 08, logo após ter sofrido outro estupro.
O delegado de Pacaraima lavrou um APF (Auto de Prisão em Flagrante) contra o acusado por crime de estupro de vulnerável. Também representou por uma Medida Protetiva de Urgência, após solicitação da mãe da menina.
Ainda segundo o delegado, além da vítima ter apenas 12 anos, em razão do lapso temporal em que a vítima vem sofrendo, pela gravidade em concreto dos fatos e perigo à ordem pública, foi representado pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, o que foi concedido pelo Juiz Ruberval Barbosa de Oliveira Júnior, em audiência de custódia. O homem foi encaminhado ao Sistema Prisional.
“Ainda, apesar da prisão preventiva concedida, foi também requerido medidas protetivas de urgência em desfavor do padrasto da vítima”, disse o delegado.