A PCRR (Polícia Civil de Roraima) concluiu o inquérito policial que investigava o agente de polícia do quadro da União, C.A.V.S., de 52 anos, e sua companheira A.P.S.R., de 28 anos, no caso de estupro de vulnerável contra uma criança de 11 anos. O relatório final foi encaminhado ao MPRR (Ministério Público de Roraima) pelo delegado adjunto da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), Matheus Rezende, que, no mesmo dia, apresentou denúncia formal contra os dois.
De acordo com o delegado, com a finalização dos trabalhos investigativos, C.A.V.S. foi indiciado por estupro de vulnerável, com a agravante da coabitação, majorado pela autoridade e em continuidade delitiva. Já a mulher dele, e mãe da criança, A.P.S.R. foi indiciada na modalidade de omissão imprópria, por ter conhecimento dos abusos e não ter tomado medidas para proteger a vítima. Em tese, segundo o delegado, na omissão imprópria, ela também responde pelo crime de estupro de vulnerável.
O delegado Matheus Rezende, responsável pelo inquérito, ressaltou que a investigação foi conduzida de maneira rigorosa e célere, garantindo a devida responsabilização dos envolvidos.
“O relatório final confirma as provas colhidas ao longo da investigação, e a denúncia apresentada pelo Ministério Público reforça a gravidade dos crimes praticados”, afirmou.
Com o indiciamento e a denúncia formalizada pelo MPRR, o caso agora segue para a Justiça, onde os investigados responderão pelos crimes cometidos.
Relembre o caso
C.A.V.S. é investigado por abusar sexualmente da enteada com a conivência da mãe da vítima, que teria registrado um dos abusos em vídeo. As investigações apontaram que ele já teria se envolvido em práticas semelhantes contra outras duas vítimas , uma de 11 anos e uma adolescente de 16 anos.
O caso veio à tona no dia 06 de janeiro deste ano. O acusado e a mulher dele chegaram a ser ouvidos na Delegacia e negaram as acusações.
A vítima, durante escuta especializada, confirmou os abusos e relatou que a mãe teria gravado um episódio em certa ocasião.
O delegado representou pela prisão preventiva do policial que ficou foragido por quatro dias. Uma ação integrada da PCRR, coordenada pela Corregepol (Corregedoria-geral de Polícia), DPCA e o DEINT ( Departamento de Inteligência) da SESP (Secretaria de Segurança Pública), resultou na prisão dele no último dia 20.
“A Polícia Civil reforça seu compromisso no combate à violência contra crianças e adolescentes e destaca que denúncias anônimas podem ser feitas pelos canais oficiais como o Disque-Denúncia, pelo número 181”, disse o delegado.