
A PCRR (Polícia Civil de Roraima) por meio da DDIJ (Delegacia de Defesa da Infância e Juventude) cumpriu na última segunda-feira, 24, um mandado de busca e apreensão contra um adolescente acusado de cometer ato infracional análogo a estupro de vulnerável, contra duas adolescentes. O caso passou a ser investigado após denúncias de abusos sexuais realizados em um balneário conhecido como “Banho do Buraco”.
De acordo com informações prestadas pelo delegado responsável pelo caso, Leonardo Strunz, as diligências foram realizadas após denúncias envolvendo diversos adolescentes que estariam faltando aulas para frequentarem um balneário conhecido como “Banho do Buraco”, com intuito de praticar atos sexuais e utilizar drogas.
As investigações constataram, segundo o delegado, que os alunos, durante o horário das aulas, iam até o banho com outros adolescentes e crianças. O adolescente responsável pelos abusos sexuais atraia meninas entre 11 e 13 anos, para jogar futebol e tomar banho no balneário. Ao chegar no local, o acusado ameaçava as vítimas para manter relação sexual forçada.
Ao término das diligências, foi possível apurar que o adolescente está próximo de completar maioridade, e que após a consumação dos abusos, ameaçava as vítimas para não relatar a ninguém sobre o crime.
Ainda segundo o delegado, durante o ano de 2025 o mesmo adolescente esteve envolvido em um ato infracional de mesma natureza. A investigação já identificou duas vítimas do adolescente, de 12 e 13 anos.
O delegado orienta aos pais para que acompanhem a vida escolar dos filhos.
“A PCRR tem intensificado ações para garantir a integridade de crianças e adolescentes, que é o nosso bem maior. Ressalto a importância dos pais no acompanhamento da vida escolar do filho, como, por exemplo, algo básico, se o filho tem faltado às aulas”, disse.
O delegado representou pela internação provisória do adolescente, que foi acatada pelo MPRR (Ministério Público do Estado de Roraima), e deferida pela Vara da Infância e Juventude. O adolescente foi localizado, apreendido e internado no CSE (Centro Socioeducativo), onde responderá por ato infracional análogo a estupro de vulnerável.