Diligências realizadas pela PCRR (Polícia Civil de Roraima) por meio da Polinter (Delegacia de Polícia Interestadual) na última terça-feira, 15, resultaram no cumprimento de mandado de prisão de J.A.D.S, de 63 anos, por estupro de vulnerável. O homem teve a sua prisão efetuada na comunidade indígena Darora, zona rural de Boa Vista.
A prisão de J.A.D.S foi cumprida sob a coordenação do delegado titular da Polinter, Alexandre de Matos. O homem foi condenado pela Vara de Crimes Contra Vulneráveis do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), em decorrência de estupro de vulnerável de quatro crianças do sexo masculino.
Os fatos vieram a conhecimento da PCRR após denúncia de uma das mães das vítimas. À época dos crimes, entre os anos de 2010 e 2012, o homem trabalhava como agente de saúde na comunidade Vista Alegre, no município do Cantá, onde convivia com as vítimas e seus familiares, o que facilitava a execução dos abusos, que se deu por vários anos.
As crianças que possuíam 7, 8 e 10 anos, foram identificados como vítimas do abusador, todos com idade inferior a 12 anos quando os crimes ocorreram. Em relato, duas das vítimas que são irmãos, uma que à época possuía oito e a outra 10 anos, informaram que os abusos ocorreram em suas próprias residências, pois o homem possuía livre acesso à casa, onde tinha permissão até para deitar-se em redes junto com as crianças no local onde ocorreram a violência sexual.
A mãe das vítimas relatou que tinha confiança no acusado por ter sido tuxaua da comunidade e casado há mais de 30 anos.
A vítima de sete anos, foi violentada após J.A.D.S convidá-la para comprar bombom e levá-la até uma residência. Os abusos ocorreram por mais duas vezes, em situações semelhantes, com a diferença de que a última vez, ocorreu em um lago, após o denunciado ter levado a criança para pescar.
A quarta vítima, uma criança de também 10 anos, foi levada para Boa Vista sem autorização da mãe para casa da irmã de J.A.D.S., e, durante três noites foi vítima de abusos sexuais. Segundo ela, o homem tapava sua boca para que não gritasse.
J.A.D.S foi condenado por estupro de vulnerável na forma continuada por oito vezes em concurso material de crimes, a 17 anos 9 meses e 10 dias de reclusão em regime fechado.
Após localizado, o homem foi encaminhado à sede da Polinter para a formalização da prisão e, apresentado nesta quarta-feira, 16, na Audiência de Custódia.
