
A PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio da Polinter (Delegacia de Polícia Interestadual), cumpriu, em 48 horas, quatro mandados de prisão relacionados a crimes distintos, como parte da Operação Protetor de Fronteiras e Divisas. A ação foi coordenada pelo DOPES (Departamento de Operações Especiais) e executada pela Polinter, sob a coordenação do delegado Alexandre Matos.
Entre os casos, destaca-se o cumprimento de mandado de prisão preventiva contra T. H. J. R., de 39 anos, acusado de crime de perseguição. A vítima, registrou boletim de ocorrência na DEAM (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) relatando que, mesmo após o término do relacionamento, o suspeito continuava a importuná-la insistentemente, realizando mais de 80 ligações diárias, inclusive utilizando diversos números diferentes.
Após representação da delegada Carolina Huppes Cavalcante Braga, a Justiça decretou sua prisão preventiva. Ele foi localizado e preso no bairro Asa Branca.
A segunda prisão ocorreu no bairro Nova Cidade e teve como alvo A. C. D. S. A., de 24 anos, acusado de estupro de vulnerável praticado contra a própria cunhada, uma criança de apenas 10 anos. Os abusos ocorreram em 2023, enquanto a vítima residia temporariamente na casa da irmã.
Conforme o relato da sentença, os crimes ocorreram repetidamente durante o período de convivência. A Justiça, reconhecendo a continuidade delitiva, fixou a pena definitiva em 12 anos e 9 meses de reclusão.
O terceiro mandado foi cumprido no Fórum Criminal de Boa Vista, onde J. A. P., de 51 anos, foi preso logo após ser condenado pelo Tribunal do Júri a 19 anos e 3 meses de reclusão em regime fechado, por envolvimento como mandante em um homicídio ocorrido em 2010. A vítima, Vilmar Moreira Teixeira, foi executada a tiros por comparsas do acusado, com o objetivo de garantir a impunidade de outro crime. A condenação foi mantida mesmo após recurso da defesa.
Já o quarto mandado foi cumprido no bairro Senador Hélio Campos e resultou na prisão de G. D. M., de 38 anos, acusado de ter abusado sexualmente da enteada, uma criança de 8 anos, em 2022. Conforme os autos, o crime ocorreu enquanto a mãe da vítima estava ausente para o trabalho. O homem se aproveitava da relação de autoridade para cometer os atos. A denúncia foi feita após a criança relatar os abusos à professora. O réu foi condenado a 14 anos de reclusão, com aumento de pena por se tratar de pessoa com autoridade sobre a vítima.
De acordo com informações da diretora do DOPES, Cândida Magalhães, a equipe da Polinter vem envidando esforços para cumprir o maior número possível de mandados judiciais e, assim, impedir que os autores dos crimes permaneçam impune
“Ao longo dessa semana efetuamos a prisão de oito pessoas e, com isso, a Polícia Civil reforça seu compromisso com o combate à criminalidade, especialmente aos crimes que violam a dignidade das vítimas, e segue atuando de forma integrada com o Ministério Público e o Poder Judiciário para garantir justiça e segurança à sociedade roraimense”, disse.