Peritos Papiloscopistas da PCRR (Polícia Civil de Roraima), lotados no Instituto de Identificação Odílio Cruz, especialistas em identificação humana por meio de impressões digitais, contribuíram para a identificação de três vítimas do acidente aéreo que vitimou 62 pessoas na cidade de Vinhedo, interior de São Paulo. As vítimas, todas da mesma família, eram venezuelanas e tinham como destino final o estado de Roraima.
A perita papiloscopista Franciana de Brito lembrou que a tragédia, ocorrida em 9 de agosto de 2024, véspera do Dia dos Pais, abalou todo o Brasil.
Logo após a remoção dos corpos do local do acidente, os peritos papiloscopistas de Roraima foram acionados por peritos do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt, de São Paulo, para auxiliar na confirmação da identificação de algumas das vítimas.
Participaram do caso os peritos papiloscopistas Franciana de Brito, Marcelle Arouche, Juliane Cabral, Laissa Albuquerque, Amadeu Triani (perito aposentado) e um perito da Polícia Federal.
“Prontamente, realizamos pesquisas nos bancos de dados civis e criminais, buscando registros com os dados biométricos dos três passageiros. Não localizamos registros nos bancos de dados estaduais, mas, ao consultar o sistema Infobio da Polícia Federal, confirmamos a existência dos registros. O próximo passo foi contatar peritos da Superintendência Regional da Polícia Federal em Roraima, que forneceram as Fichas Individuais Dactiloscópicas”, explicou.
Após o envio das informações para São Paulo, os peritos papiloscopistas do IIRGD/SP realizaram o confronto das impressões digitais, confirmando que as vítimas eram realmente três imigrantes venezuelanos que estavam retornando ao seu país de origem.
As vítimas foram identificadas como Josgleidys de Jesus Gonzalez Parra, de 26 anos; sua mãe, Maria Gladys Parra Holguin, de 67 anos; e seu filho, Joslan Andrés Perez Gonzalez, de apenas 4 anos.
“Todo o trabalho durou cinco minutos. Graças à rápida e eficiente atuação dos peritos papiloscopistas de Roraima, tanto do Estado quanto da Polícia Federal, as famílias das vítimas puderam ser informadas e tiveram a possibilidade de se despedir de seus entes queridos.”
De acordo com a perita, a atuação dos peritos papiloscopistas vai muito além da emissão de documentos, pois contribui diretamente para a elucidação de crimes e identificação de corpos, mesmo em situações tão complexas como a de um desastre aéreo.
Sandra Lima