Presidente da ALE-RR reforça compromisso em articular a favor das pesquisas de petróleo na Bacia do Tacutu

Sampaio se reuniu com professores da Universidade Federal de Roraima, que apresentaram amostras de rochas coletadas na região. – Fotos: Marley Lima | SupCom/ALE-RR

O presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), deputado Soldado Sampaio (Republicanos), se reuniu na manhã desta sexta-feira, 20, com professores do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Roraima (UFRR), que apresentaram indícios de petróleo no Estado.

Professores da UFRR apresentam indícios de petróleo na região do Tacutu em Roraima.

Os pesquisadores exibiram amostras de rochas coletadas na Bacia do Tacutu, que abrange os municípios de Boa Vista, Bonfim e Normandia, além de parte do território da Guiana. O material foi recolhido em 2016 por uma empresa de mineração que, ao procurar calcário, acabou identificando a presença de óleo no interior das pedras.

A reunião é uma continuidade das discussões retomadas neste ano, por meio de audiências públicas realizadas em Brasília e Boa Vista. Dessa forma, o presidente do Poder Legislativo reforçou o compromisso em articular a favor das pesquisas em busca de explorar o petróleo e promover o desenvolvimento econômico de Roraima.

“Nos comprometemos, enquanto Poder Legislativo, a promover uma discussão mais aprofundada, incentivando uma parceria entre a Fundação de Amparo à Pesquisa e a UFRR. Além disso, vamos atuar junto à bancada federal para garantir recursos destinados à pesquisa liderada pela Universidade, bem como disponibilizar a Assembleia como fórum de debate”, afirmou Sampaio.

Presidente Soldado Sampaio

O parlamentar destacou ainda que a exploração de petróleo pode trazer riquezas para Roraima, ressaltando que as amostras indicam uma produção de petróleo acima da média, mas frisou a importância de preservar o meio ambiente no processo.

“Precisamos concretizar essa pesquisa e apresentá-la ao mercado para que possamos, de fato, explorar essas riquezas. Não apenas o petróleo, mas também outros minerais presentes na região, como calcário, potássio, areia rara, entre outros, sem causar conflitos, agredir o meio ambiente ou desrespeitar os povos originários”, pontuou.

Participaram da reunião os professores Wladimir Souza, Carlos Eduardo, Ênio Moura e Lorena Malta, que explicaram o andamento dos estudos e ressaltaram a importância de obter incentivo financeiro para as pesquisas.

O professor Wladimir Souza relembrou que a UFRR estuda a exploração de petróleo desde 1997 e que os indícios encontrados em 2016 apenas reforçaram a existência dessa riqueza na região.

Professor Wladimir Souza

“Encontramos fósseis há 27 anos, e desde então a história vem evoluindo. A descoberta de 2016 só veio confirmar o que já suspeitávamos. A Bacia do Tacutu, por exemplo, é uma das bacias com maior ocorrência de fósseis no Brasil, o que nos diz muita coisa”, explicou.

Petróleo em Roraima

As primeiras tentativas de exploração de petróleo na Bacia do Tacutu ocorreram na década de 1980. O tema voltou a ganhar destaque neste ano, durante uma audiência pública em julho, realizada em Brasília, com a participação de políticos de Roraima e entidades ligadas ao meio ambiente e energia.

Em agosto, ocorreu uma nova audiência pública, no plenário da Assembleia Legislativa de Roraima, onde foi estabelecido o final de setembro como prazo para a emissão de um parecer conjunto dos ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, essencial para que dois blocos da bacia sedimentar do Tacutu possam ser leiloados.

O principal objetivo é viabilizar a oferta de blocos da Bacia do Tacutu, atraindo investimentos para o estado. Assim que o parecer for emitido, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) poderá realizar a oferta permanente dos blocos, ou seja, eles ficarão disponíveis em uma espécie de prateleira virtual, aguardando empresas interessadas. Havendo interesse, será realizado o leilão e, em seguida, todos os trâmites necessários para o início da exploração.

Bruna Cássia

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