
Nesta quarta-feira, 14, professores da rede estadual de ensino conclamam os trabalhadores em educação, familiares e estudantes a participarem de uma paralisação das atividades nos estabelecimentos de ensino, a manifestação terá concentração na praça do centro cívico, a partir das 8h.
Na pauta de reivindicação dos profissionais da educação, junto ao governo do Estado, encontra-se os seguintes pontos: a) pagamento das progressões verticais; pagamento imediato do retroativo do exercício de 2024; realização de concurso público para professores e técnicos educacionais; pagamento da GID e GIDAE; limite de 25 discentes por turma; e a reposição salarial referente ao ano de 2024.
Segundo Leopoldo Júnior, um dos membros da comissão de paralisação, no ano de 2024, a reposição salarial das perdas inflacionárias em 2023 foi de 4,62%, enquanto a inflação foi de 4,83%. “Não bastasse o governo ter pago um retroativo menor, a autorização foi realizada em setembro, não sendo pago os valores retroativos a data-base da categoria que é o mês de maio, portanto, perdemos 4 meses de reposição inflacionária”, afirmou Leopoldo.
O governo do estado ainda não possui uma proposta aos servidores públicos quanto a recomposição salarial de 2025. “Nossa data-base já passou e não temos nada de concreto por parte da gestão estadual e de nosso sindicato quanto esse direito que temos. Não adianta o governo apontar impossibilidade devido a Lei de Responsabilidade Fiscal, pois neste instrumento de contenção de despesas é prevista a autorização para reposições inflacionárias. Já vivemos uma distorção, nosso receio é que venhamos a perder meses novamente como ocorreu no ano anterior”, afirmou Leopoldo.
A paralisação programada para essa quarta-feira é convocada por um conjunto de professores e professoras aponta que os técnicos em educação e os professores celetistas, contratados por meio de processo seletivo, encontra-se precarizadas em virtude de não receberem as reposições salariais da inflação e enfrentarem jornadas de trabalho degradantes. Para Leopoldo Júnior, esse quadro institucional prejudica o processo de ensino-aprendizagem em nossas escolas.
A comissão de base da categoria de trabalhadores em educação de Roraima, que assina a convocação da paralisação, apresenta críticas quanto a inércia da entidade representativa SINTER, em virtude de não ter respeitado o estatuto da entidade, deixando de realizar assembleia geral com a categoria para definir as pautas de reposição salarial e os demais problemas existentes dentro do sistema educacional de Roraima, a solicitação foi protocolada na diretoria do sindicato no início de maio. “Não há outro caminho aos trabalhadores da educação a não ser paralisar suas atividades para ter cumprido seus direitos estabelecidos em Lei”, disse Leopoldo.