Profissionais de saúde da Policlínica Coronel Mota participaram na manhã desta quinta-feira, 25, de uma aula prática sobre o diagnóstico da hanseníase. A ação é uma sequência da programação iniciada na terça, 23.
Promovida pela Sesau (Secretaria de Saúde), a ação conta ainda com a parceria do Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde e Fundação Sasakawa de Saúde.
Com foco no atendimento em pacientes com quadro clínico grave, o treinamento foi voltado para médicos, enfermeiro e assistentes sociais, dando uma imersão dos protocolos para o tratamento da doença.
Anteriormente, a programação capacitou profissionais da Atenção Primária à Saúde de Boa Vista, Caroebe, Rorainópolis e São Luiz.
“Com a prática, os médicos vão ficar mais aptos a estar realizando o exame, tendo a segurança de que farão um atendimento de qualidade para esses pacientes, e realizando um diagnóstico precoce através do que eles aprenderam na prática”, afirmou a gerente do Núcleo de Controle da Tuberculose, Rita Fonseca.
Médica especialista em Dermatologia, Laila Lima atua no atendimento dos pacientes com hanseníase no Coronel Mota. Ela destacou a importância de manter os profissionais da unidade atualizados sobre como identificar os sintomas da doença.
“A hanseníase é uma doença que ainda não foi erradicada e precisamos sempre estar atentos aos sinais, às manifestações clínicas, fazer a busca desses pacientes e é importante ter uma visão de fora para saber se o nosso serviço está sendo realmente bem feito”, pontuou.
Tratamesnto
Atualmente, segundo o Ministério da Saúde, o Brasil ocupa a segunda posição do mundo entre os países que registram casos novos. Roraima notificou 54 novos casos em 2023 e 16 casos no início de 2024.
Para a dermatologista consultora do Ministério da Saúde, Rosiane Pereira, a hanseníase possui um leque de medidas de controle que precisam ser compreendidas pelos profissionais que atuam com a doença.
“A capacitação tem como objetivo levar conhecimento de que a hanseníase é uma doença que, no Brasil, é o segundo país do mundo em número de casos. Temos que ter medidas de controle para poder eliminar essa doença, e no Ministério da Saúde temos a preocupação de que todos os estados tenham o acesso ao conhecimento”, ressaltou.
Mãe de um jovem de 23 anos que tem a doença, a dona de casa Ivone Maquiné é testemunha de que a atenção com o tratamento é indispensável para retomar a qualidade de vida do paciente.
“Quando meu filho começou o tratamento, a doença estava muito avançada, fazendo com que tivesse paralisia e infecções. Ele ficou internado por 8 meses e com o tratamento tudo melhorou. Hoje, ele está bem melhor do que era antes. E quanto mais avançado [o conhecimento do médico], melhor ainda”, completou.
Suyanne Sá