Projeto da ALE-RR orienta e leva informações sobre combate ao tráfico humano para alunos do ensino médio

Nesta semana, ações educativas e preventivas ocorrem no Colégio Estadual Militarizado Severino Gonçalves Gomes Cavalcante, em Boa Vista. – Fotos: Jader Souza | SupCom/ALE-RR

Em continuidade aos trabalhos de enfrentamento do tráfico humano, o projeto Educar é Prevenir, da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), esteve no Colégio Estadual Militarizado Severino Gonçalves Gomes Cavalcante, na tarde desta quarta-feira, 24, em Boa Vista, para orientar representantes de turmas acerca do tema.

O projeto explica aos alunos o que é o tráfico de pessoas; as vertentes deste crime, como a exploração sexual, trabalho escravo, contrabando de órgãos, adoção ilegal e servidão; como não cair em golpes; como orientar demais integrantes da família; além de conhecer os canais de denúncias.

Glauber Batista

Ao todo, 22 estudantes do ensino médio participaram da capacitação promovida pelo Programa de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania (PDDHC) da ALE-RR. Cada aluno representou sua respectiva turma e foram denominados “xerifes de sala” com a finalidade de orientar os demais colegas.

A programação se iniciou na segunda-feira, 22, e segue até esta sexta-feira, 26. No primeiro dia, os estudantes tiveram os primeiros contatos com o projeto, após visita de representantes da ALE-RR. Na terça-feira, professores e demais funcionários foram capacitados para saberem lidar com possíveis casos de aliciamento dos alunos.

Na quinta-feira, os xerifes irão repassar o conteúdo para os outros integrantes das turmas e farão uma atividade com eles. Por fim, na sexta, haverá a culminância do projeto com palestras de instituições parceiras como Conselho Tutelar, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Secretaria Estadual de Educação e Desporto (Seed).

Alunos recebem orientação sobre tráfico humano por meio do projeto da ALE-RR, Educar é Prevenir

O coordenador do Centro de Promoção às Vítimas de Tráfico Humano do PDDHC, Glauber Batista, reforçou a importância do projeto, que já atendeu 46 escolas desde 2016, quando a unidade foi instituída.

“Levando em consideração os casos que já atendemos, a maioria são meninas adolescentes. Infelizmente, isso ocorre em Roraima, com o agravante das duas fronteiras e uma divisa, o que nos torna rota do tráfico de pessoas. Então temos o cuidado de orientar esse público sobre golpes, principalmente nas redes sociais, para evitar que eles se prejudiquem futuramente”, disse.

Para a coordenadora pedagógica do colégio, Maurivânia Wanderley Duarte, a apresentação do projeto nas escolas é de extrema importância para alertar sobre este crime que, por muitas vezes, ocorre de forma silenciosa e, por isso, faz um número imensurável de vítimas todos os dias.

Coordenadora pedagógica do colégio, Maurivânia Wanderley Duarte

“A importância é o despertar, para que os alunos fiquem atentos à questão do tráfico de pessoas. Às vezes, eles não veem malícia quando estão sendo aliciados, não sabem o que aquela abordagem significa. Então esse projeto é muito bem-vindo na nossa escola para clarear a mente deles”, acrescentou.

O projeto Educar é Prevenir já atendeu quase 9 mil alunos, que foram orientados acerca do tema. Além disso, 2.280 professores e 40 alunos líderes receberam capacitação para coibir possíveis casos de tráfico humano entre os adolescentes. Ainda como parte das ações, foram distribuídas 6,7 mil cartilhas da Lei n⁰ 13.344/16 em 78 instituições e escolas.

Bruna Cássia
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