Projeto inovador do CNP/IFRR conquista o 2º lugar no 13º Biterr

Projeto estuda a cadeia produtiva de cogumelos amazônicos. – Foto: Ascom | IFRR

Um projeto desenvolvido por estudantes e professores do Campus Novo Paraíso do Instituto Federal de Roraima (CNP/IFRR) destacou-se na 13ª edição do Encontro Científico do Programa Bolsa de Inovação Tecnológica de Roraima (Biterr). Realizado no último dia 19, o evento foi promovido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL-RR) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RR) e com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RR).

O projeto do IFRR, intitulado Inovação Tecnológica e Desenvolvimento Sustentável na Produção e Comercialização de Cogumelos Amazônicos: do Isolamento Molecular à Estruturação do Negócio Cogu Amazon, conquistou a 2ª colocação entre os participantes. Ele foi coordenado pelo professor Pierre Pinto e desenvolvido pelos acadêmicos Fátima Bamberg e Victor de Almeida, do curso Bacharelado em Agronomia do CNP, com a participação dos professores Valdinei Moreira, Cleiton de Paula e Mônica Voss.

Ao todo, 17 projetos inovadores desenvolvidos por bolsistas foram avaliados durante o evento, que teve como objetivo aproximar o ambiente acadêmico e a iniciativa privada, promovendo a inovação e o empreendedorismo em Roraima. Durante seis meses, alunos do ensino superior desenvolveram soluções criativas para desafios reais enfrentados pelas empresas do estado, contribuindo para melhorias em processos, produtos e serviços.

O trabalho executado no IFRR foi submetido ao Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) e à Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa, Extensão e Interiorização (Faepi) do Instituto Federal do Amazonas (Ifam). A cooperação técnica e científica entre os três parceiros permitiu a elaboração de um plano abrangente, que vai desde o isolamento molecular das espécies de cogumelos até a estruturação do negócio Cogu Amazon, impulsionando a bioeconomia local e valorizando o uso sustentável dos recursos amazônicos. Um convênio de parceria para pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) foi formalizado para garantir a transferência de recursos financeiros, a gestão administrativa e financeira, e a execução técnica do projeto.

Segundo o coordenador da ação, professor Pierre Pinto, o projeto é diferenciado e composto por várias etapas. “Desde a multiplicação da semente inóculo em laboratório, a construção de seis galpões de produção, a inoculação em sacos autoclaváveis, a frutificação, o processamento até o embalamento dos cogumelos. Enfim, uma cadeia produtiva de cogumelos amazônicos comestíveis foi criada e entregue à empresa Cogu Amazon, criada durante o projeto”, explicou.

Ainda segundo o professor, a iniciativa, executada de 23 de janeiro de 2024 a 23 de janeiro de 2025, destacou-se pela capacidade de unir conhecimento científico e tradição local, promovendo soluções inovadoras que aliam sustentabilidade e tecnologia. “A startup Cogu Amazon continuará o processo de incubação na Koneka do Campus Novo Paraíso em 2025”, disse.

Para o pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Propespi) do instituto, Romildo Nicolau, o reconhecimento no Biterr reforça o compromisso do IFRR com a pesquisa aplicada e com o desenvolvimento regional. “Esse reconhecimento segue inspirando futuros projetos que conectam educação, inovação e a preservação da rica biodiversidade amazônica”, declarou.


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