Regularização fundiária, mais voos para a Amazônia e o melhoramento da malha aérea e das rodovias federais que interligam a Amazônia às demais regiões foram os temas destacados durante a posse da nova diretoria do Parlamento Amazônico, nesta quinta-feira, 29, em Porto Velho (RO). A cerimônia aconteceu no auditório Amizael Gomes da Silva, da Assembleia Legislativa do Estado (ALE-RO).
“Sem a regularização fundiária, não se cessa o desmatamento”, afirmou o presidente do Parlamento Amazônico, Laerte Gomes (RO), ao defender o desmatamento zero e um fundo para subsidiar os voos na Amazônia.
“Se nós queremos falar em zerar o desmatamento, o primeiro passo é reorganizar, nós somos seus responsáveis. A gente tem a questão ambiental, mineral, aérea, a BR-319, são muitas pautas comuns aos estados que compõem a Amazônia e que vamos continuar discutindo dentro do Parlamento da Amazônia, com o Congresso e governo federal”, defendeu.
Ao deixar o cargo, a deputada Edna Auzier (PSD-AP) agradeceu aos pares e ressaltou que a regularização fundiária foi uma das ações concretizadas enquanto esteve à frente do Parlamento Amazônico.
“Quando iniciamos essas reuniões, tínhamos problemas sérios de regularização, nós avançamos, não foi na velocidade que gostaríamos, mas avançamos por meio dessas grandes reuniões, e vamos avançar muito mais com o potencial do nosso amigo Laerte, que é empreendedor”, afirmou.
Como primeira mulher a presidir o Parlamento Amazônico, ela destacou que este ano o voto feminino completa 92 anos.
“A deputada mulher sai do mandato e assume o homem, mas as ações, as políticas públicas voltadas para as mulheres continuam. Conseguimos avançar com salários iguais na mesma profissão, precisamos alcançar o nosso espaço de 50%, recursos partidários nós temos, horário de TV também”, disse.
O deputado Armando Neto (PL), segundo-secretário do Parlamento Amazônico, ressaltou que Roraima é o menor estado, mas que tem uma sobrecarga com relação aos temas que são inerentes às demais unidades da Federação que compõem o Parlamento Amazônico.
“Nós vamos brigar realmente pelos nossos direitos, nossas conquistas, como a regularização fundiária, a preservação da Amazônia e, sobretudo, melhorar a qualidade de vida de todos os amazônidas, porque essa é a nossa obrigação, a responsabilidade que pesa sobre os nossos ombros, como deputado do Estado de Roraima”, afirmou Neto.
O deputado Cláudio Cirurgião (União) ressaltou que a saúde também precisa ser pauta no Parlamento Amazônico. “A saúde precisa da contrapartida do governo federal. Nossa luta é única para fortalecer a Amazônia, e esse é um ambiente de confluência, de forças para que a Amazônia brasileira possa ser vista como um ambiente de desenvolvimento e não apenas reconhecida como sendo o pulmão do mundo, mas também o futuro do Brasil em relação ao desenvolvimento”, afirmou.
O deputado Lucas Sousa (PL) disse ter certeza de que este será um ano produtivo, de muito trabalho e muita escuta junto às pessoas.
“Precisamos entender, de fato, a realidade local de cada Estado, para que a secretaria possa atuar a partir de agora”, disse Sousa.
O vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico de Rondônia, Sérgio Gonçalves (União), citou que a Região Amazônica tem muitos desafios que podem ser enfrentados por meio do Parlamento Amazônico.
“Creio que o Parlamento Amazônico pode ser esse lugar de discussão de políticas públicas a serem desenvolvidas conjuntamente para a geração de renda para toda a região”, destacou.
Marilena Freitas