O Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), com o apoio do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana na Saúde (Opas/OMS) promoveu entre os dias 29 e 30 de outubro, o seminário internacional O Desafio da Sustentabilidade dos Sistemas Universais de Saúde nas Américas.
A discussão reúne palestrantes nacionais e internacionais em torno do debate sobre como os sistemas de saúde precisam se organizar para vencer as realidades impostas, levando em consideração as experiências de outros países e do Brasil.
Representando Roraima, a secretária Estadual de Saúde e vice-presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) – região Norte, Cecilia Lorenzon, coordenou o painel sobre os “modelos de atenção e oferta de serviços para as populações vulneráveis nas Américas”.
Ao todo, 300 pessoas entre profissionais de saúde, representantes de instituições ligadas à área, instituições acadêmicas, políticas e de gestão participaram das discussões.
“Por meio dessa participação podemos certificar que inúmeros países passam pelas mesmas dificuldades e desafios que o Brasil, e todos da América Latina se esforçam para encontrar soluções de modo a atender a necessidade de seus usuários, isso faz com que tenhamos certeza que estamos no caminho certo, pois muitas experiências exitosas, aqui apresentadas, são as que estamos implementando em Roraima, especialmente no que se refere ao fortalecimento da atenção primária e regulação”, ressaltou Cecilia Lorenzon.
Roraima tem uma característica pontual que é a imigração. Entre os anos de 2020 até o primeiro semestre de 2024, as unidades hospitalares de referência do Estado contabilizaram 228.062 atendimentos a estrangeiros, sendo 218.744 venezuelanos.
“Ter países como o Canadá que dedica atenção à estruturação de rede e regulação, nos acende a certeza que a integração e regulação do Sistema Único de Saúde em Roraima, fará, em curto espaço de tempo, uma saúde mais igualitária, pois universal já sabemos que é, visto que somos o Estado que mais recebe pacientes oriundos de países vizinhos em busca de saúde, quer seja da atenção primária, como especializada ou hospitalar, isso sem nenhum incentivo ou ressarcimento pelo Governo Federal, logo, essa é a maior prova de como nosso pequeno Estado é um gigante no que se refere ao suporte em saúde”, enfatizou a secretária.