Roraima fechou o ano de 2024 com um estoque de empregos formais ativos somando 82.401 vínculos em dezembro, uma variação de 8,14% em relação ao estoque do ano anterior, quando foram contabilizados 76.195. Os dados são do Novo Caged e foram divulgados nesta quinta-feira, 30 de janeiro, pelo ministro Luiz Marinho (Trabalho e Emprego). Como é típico em dezembro, o saldo no estado apresentou redução de 566 vagas de empregos, variação relativa de -0,68%. No acumulado do ano, o saldo registrou 6.206 novos postos de trabalho.
Ao longo do ano, entre os cinco grandes grupos da economia, o setor de Serviços foi o que mais empregou em Roraima: foram 3.561 vagas formais criadas — o que elevou o estoque de empregos para 39.041. Dentro do grupamento, foi a atividade de “Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas” que mais acumulou vagas, com o estoque de 17.664 empregos. Em outro grupo, o ramo da “Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais” apresentou um crescimento destacado, com variação relativa de 11,56%.
Dentro da sazonalidade típica de dezembro, apenas um dos cinco grandes grupamentos registrou crescimento neste mês em Roraima. O Comércio terminou o mês com saldo de 134 novos postos. Já Serviços (-464), Construção (-120), Indústria (-59) e Agropecuária (-57) fecharam em queda.
GÊNERO, IDADE E INSTRUÇÃO — Em Roraima, o acumulado do ano registra 3.772 vagas formais ocupadas por homens e 2.434 por mulheres. No recorte por faixa etária, o grupo mais favorecido em 2024 foram os jovens com idade entre 18 e 24 anos: 3.274 novos postos. Tomando o grau de instrução das pessoas empregadas como referência, tiveram mais presença na geração de empregos trabalhadores com ensino médio completo, que ocuparam 5.183 vagas com carteira assinada.
NACIONAL — No país, o saldo de empregos formais em 2024 (janeiro a dezembro) teve crescimento de 16,5% em relação ao registrado em 2023. De acordo com o Novo Caged, em 2024 foram gerados 1.693.673 postos de trabalho contra 1.454.124 no ano anterior. Dezembro fechou com redução de 535.547 de vagas — variação relativa de -1,12%. Desde janeiro de 2023, foram 3,14 milhões de postos de trabalho gerados no país, com o estoque, ou seja, o número de pessoas trabalhando com carteira assinada no país, contabilizando 47,21 milhões em dezembro, uma variação de 3,7% em relação ao estoque do ano anterior, quando foram 45,51 milhões.
ACUMULADO — Todos os cinco grandes grupos de atividades econômicas registraram saldos positivos, sendo os melhores resultados no setor de Serviços com geração de 929.002 postos (+4,20%) e Comércio, que gerou 336.110 postos (+3,28%). A Indústria gerou 306.889 postos no ano (+3,56%), puxada pela boa geração de empregos na indústria de transformação (+282.488). A Construção Civil foi responsável pela geração de 110.921 novos postos (+4,04%) e a Agropecuária por 10.808 postos no ano (+0,61%).
ESTADOS — O resultado positivo foi registrado em todas as 27 unidades federativas, com destaque para São Paulo (+459,3 mil); Rio de Janeiro (+145,2 mil) e Minas Gerais (+139,5 mil). Em termos relativos, no mês de dezembro, as unidades da Federação com maior variação em relação ao estoque do mês anterior foram Amapá (+10,07%), Roraima (+8,14%); Amazonas (+7,11%) e Rio Grande do Norte (+6,83%).
As 27 Unidades da Federação tiveram saldo positivo no período
REGIÕES — A geração de emprego ainda foi positiva nas cinco regiões brasileiras, com o Sudeste gerando 779.170 postos (+3,35%), seguido pelo Nordeste (+4,34%) e pelo Sul — com a recuperação do Rio Grande do Sul, após a ocorrência dos desastre climáticos no início do ano —, que gerou 297.955 postos (+3,58%), ficando na terceira posição entre as regiões. O Centro-Oeste gerou 137.327 postos (+3,38%) e o Norte, 115.051 postos (+5,07%).
GÊNERO — No ano o saldo foi positivo para mulheres (+898.680) e para homens (+794.993), sendo também positivo para pardos (+1.929.771), brancos (+908.732), pretos (+373.501) e amarelos (+13.271), contudo foi negativo para indígenas (-1.502).
SALÁRIO MÉDIO REAL — Em dezembro, o salário médio real de admissão ficou em R$ 2.162,22, aumento de R$ 33,41 (+1,57%) em comparação com o valor do mesmo período de 2023, que foi de R$ 2.128,90. No ano, o salário médio real de admissão ficou em R$ 2.177,96, com aumento de R$ 55,02 (+2,59%) em comparação com o valor do mesmo período de 2023 (R$ 2.122,94).
RETRAÇÃO EM DEZEMBRO — Com a habitual retração no número de postos de trabalho no mês, todas as unidades da Federação apresentaram saldos negativos, com maior impacto em São Paulo (-190,5 mil), Minas Gerais (-68,6 mil) e Santa Catarina (-43 mil). A redução foi verificada em todos os grandes grupos de atividades econômicas, que apresentaram saldos negativos, em particular nos Serviços (-257,7 mil) e na Indústria (-116,4 mil).