Sampaio solicita e presidente do Iteraima passa a ser investigada pela CPI das Terras

Sampaio expôs elementos que na sua avaliação comprometem a conduta da gestora no comando do Iteraima. – Fotos: Ascom Parlamentar

A presidente do Iteraima, Dilma Costa, que compareceu como testemunha à audiência da CPI das Terras, realizada na tarde desta segunda-feira, 31, na Assembleia Legislativa de Roraima, passou a ser formalmente investigada, a requerimento do deputado estadual Soldado Sampaio (Republicanos), após questionamentos sobre decisões administrativas envolvendo a Gleba Baliza, familiares e aliados do governador Antonio Denarium.

Sampaio expôs elementos que na sua avaliação comprometem a conduta da gestora no comando do Iteraima. Ele apontou, entre outras questões, a existência de seis despachos assinados por Dilma Costa, dos quais cinco beneficiariam diretamente processos ligados ao filho do governador.

“Quando se fala de seis despachos da presidente Dilma e dos seis, cinco são despachos corrigindo atos administrativos dos processos do filho do governador, isso aqui não é coincidência para mim, não é coincidência”, afirmou Sampaio.

O deputado destacou ainda que, diante das respostas consideradas vagas, saindo pela tangente, não havia mais condições de ela continuar sendo tratada como testemunha na comissão.

“Ela não preenche mais as condições de testemunha nesse processo por parte da CPI. A minha solicitação é que a senhora Dilma passará a preencher outro polo dessa CPI, como investigada. Há, sim, falha na gestão do Iteraima; há direcionamento, há segundas intenções”, pontuou. “Quero voltar a fazer perguntas sobre a Gleba Baliza, Ereu, a vicinal do Zé Evaldo, mas já em outro polo, a presidente Dilma como investigada”.

Durante sua fala, Sampaio também apresentou documentos e mapas que, segundo ele, demonstram fracionamento irregular de áreas e concentração de mais de 31 mil hectares de terras em nome de apenas duas famílias.

Ainda durante a audiência, a pedido do deputado Jorge Everton, presidente da CPI, o diretor de Governança Fundiária do Iteraima, João Silva, também passou à condição de investigado.

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