Saúde mental: panfletagem marca início da programação do Janeiro Branco na Policlínica Coronel Mota

No decorrer do mês de janeiro, haverá palestras, rodas de conversa, oficinas e mais panfletagens sobre saúde mental. – Fotos: Ascom/Sesau

A Policlínica Coronel Mota iniciou, nesta quinta-feira, 2, a programação alusiva ao Janeiro Branco, mês dedicado à sensibilização sobre a importância da saúde mental.

A ação, voltada para pacientes, acompanhantes e profissionais da unidade, foi realizada na recepção, com um momento musical, distribuição de panfletos e informações.

“O objetivo desta campanha é sensibilizar os nossos usuários, os profissionais e a comunidade em geral sobre as patologias de ordem mental, porque no mundo inteiro as pessoas vêm sofrendo com esses transtornos de saúde mental, mas elas ainda apresentam dificuldades para procurar atendimento por conta do grande estigma que há sobre as pessoas que são portadoras de transtornos mentais”, afirmou o coordenador pelo Núcleo de Educação Permanente da unidade, Francisco Oliveira.

No decorrer do mês de janeiro, haverá palestras, rodas de conversa, oficinas e mais panfletagens sobre saúde mental.

Janeiro Branco

O Janeiro Branco foi criado em 2014, em Minas Gerais, idealizado pelo psicólogo Leonardo Abrahão. A cor utilizada na campanha remete a uma folha ou uma tela em branco, que inspira as pessoas a reescreverem as suas próprias histórias de vida.

Segundo a psicóloga da Policlínica Coronel Mota, Geilsa Brandão, a campanha chama a atenção para as questões e necessidades relacionadas à saúde mental e emocional.

“Geralmente, os transtornos mentais começam de uma forma silenciosa, e quando a pessoa percebe, já está doente. Quando você se percebe muito estressado, quando já não tem prazer nas coisas que fazia, quando não consegue manter o interesse nas pessoas, no trabalho, nas atividades prazerosas, quando começa com o isolamento afetivo e social, entre outras coisas”, explicou a profissional.

Geilsa também reforçou a importância de estar sempre atento ao cuidado pessoal, afirmando que a atenção à saúde mental deve ser constante, independentemente do ano ou mês.

“Você tem que estar sempre atento a você mesmo. Como você está reagindo às contingências da vida? Como está a sua rotina diária de trabalho, a relação com os outros, com a família, com os amigos?”, alertou a psicóloga.

Como funciona a Rede?

A porta de acesso ao atendimento psiquiátrico em Roraima se dá de duas formas, sendo a primeira delas por meio dos Postos de Saúde. Dependendo da situação, o paciente pode ser encaminhado para os demais pontos da Rede de Atenção Psicossocial.

A Atenção Básica, por exemplo, é responsável por realizar os atendimentos dos pacientes que apresentam grau de adoecimento mental leve, cujo tratamento é feito por meio de acompanhamento psicológico.

Já a Rede Estadual de Saúde realiza o atendimento dos casos moderados, com referência ao ambulatório do Coronel Mota, e dos casos graves, cuja referência é o Caps III.

Em casos de surtos psicóticos, tentativas de suicídio, crise por abstinência, é recomendado que o paciente seja encaminhado para o Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento, que é o único no estado com escala de 24h e atendimento psiquiátrico.

É importante lembrar também os atendimentos dos CAPS de cada município, o Caps II, unidade voltada para o atendimento infantil em Boa Vista, e o Caps AD III (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas), que realiza o atendimento de pessoas com vício em álcool e drogas.

Serviços

O Caps III (Centro de Atenção Psicossocial Edna Macellaro Marques de Souza) funciona na Avenida Cap. Ene Garcês, 497, Centro. Para mais informações, o paciente pode entrar em contato pelo número (95) 98404-4219.

Quanto ao Caps AD III (Centro de Apoio Psicossocial de Álcool e Drogas), a unidade funciona na Rua José Bonifácio, 630, bairro Aparecida, atendendo pelo contato (95) 98407-2238.

Suyanne Sá

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