A Semana do MEI, que acontece até o dia 30 de maio em três pontos de Boa Vista – Parque Germano Sampaio, Caixa Econômica do Raiar do Sol e Sebrae Ataíde Teive –, está sendo uma oportunidade valiosa para microempreendedores individuais buscarem orientação, capacitação e serviços gratuitos. Um dos focos do evento é auxiliar os MEIs a superarem desafios comuns em sua jornada. Marcelle Reis, analista do Sebrae Roraima, detalha os cinco erros mais frequentes e como a instituição pode ajudar.
1. Misturar finanças pessoais e do MEI
Um dos erros mais comuns é a confusão entre o orçamento pessoal e o da empresa. Segundo Marcelle, muitos empreendedores não se veem como “funcionários” de seu próprio negócio, deixando de estabelecer um pró-labore. “Acaba se misturando. E ali vai uma conta de água, uma conta de luz da casa, um IPTU, as contas se confundem”, explica.
Como o Sebrae ajuda: O Sebrae oferece consultoria de fluxo de caixa e organização financeira. Embora não sejam gratuitas durante a Semana do MEI, os microempreendedores individuais têm um subsídio de 90%, tornando o acesso facilitado. A consultoria auxilia na divisão estratégica das contas, permitindo que o MEI defina seu salário mensal e tenha clareza sobre o faturamento necessário para cobrir suas despesas pessoais e empresariais.
2. Não emitir notas fiscais
A emissão de notas fiscais é uma obrigação para o MEI ao prestar serviço ou vender para uma pessoa jurídica. A falha nesse hábito pode gerar complicações com a Receita Federal. “O erro é faturar, receber, vender para uma pessoa jurídica e não emitir essa nota. A pessoa jurídica vai declarar essa compra. E na hora que casa as informações, aí meio que a receita pega, né?”, alerta Marcelle.
Como o Sebrae ajuda: O Sebrae está de portas abertas para orientar sobre a emissão de notas fiscais. A instituição ensina o MEI a utilizar tanto o emissor de notas fiscais do próprio Sebrae quanto o disponível no Portal do Empreendedor, garantindo que o processo seja feito corretamente.
3. Atrasar ou esquecer de pagar a DAS: colocando benefícios em jogo
O pagamento em dia do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) é requisito para que o MEI tenha acesso aos benefícios previdenciários, como aposentadoria por invalidez, salário-maternidade e auxílio-doença, que possuem um período de carência a partir de 10 meses.
Como o Sebrae ajuda: Na Semana do MEI, é possível buscar soluções para a regularização do DAS. O Sebrae auxilia no levantamento de dívidas, na negociação e no parcelamento, buscando a melhor opção disponível pela Receita Federal para que o MEI possa quitar seus débitos e regularizar sua situação.
4. Ultrapassar o limite de faturamento
O crescimento do MEI, que o leva a ultrapassar o limite de faturamento de R$81 mil (em até 20%), é uma ótima notícia, mas exige atenção a novas obrigações. Ao desenquadrar da categoria, o empreendedor passa a ser uma microempresa.
Como o Sebrae ajuda: O Sebrae oferece consultoria de planejamento tributário, voltada para microempresas. Essa consultoria auxilia o empreendedor a entender as novas obrigações fiscais e a definir a melhor forma de tributação para seu negócio a partir do novo faturamento.
5. Não entregar a Declaração Anual do MEI
A não entrega da Declaração Anual do MEI pode gerar sérias consequências, como a inativação do CNPJ e a aplicação de multas. Um CNPJ irregular impede o MEI de emitir notas fiscais e participar de licitações, travando sua atuação.
Como o Sebrae ajuda: O Sebrae orienta os MEIs sobre a importância da declaração anual e as consequências da não entrega. Embora a entrevista não detalhe um serviço específico para essa situação, a assessoria e o suporte oferecidos durante a Semana do MEI e em outras ocasiões podem guiar o empreendedor no processo de regularização e evitar futuros problemas.
A Semana do MEI segue até 30 de maio e é uma oportunidade imperdível para os microempreendedores buscarem o suporte necessário para o desenvolvimento e a formalização de seus negócios. Confira o perfil do Sebrae Roraima no Instagram (@sebrae.roraima) e fique por dentro!
