
O Governo de Roraima, em parceria com a UFRR (Universidade Federal de Roraima) e UFV (Universidade Federal de Viçosa), realizou durante os dias 11 e 12 de março o Seminário Defesa Vegetal, que reuniu alunos, pesquisadores, profissionais do agronegócio e representantes do setor agropecuário para discutir estratégias e medidas para proteger a agricultura e os recursos naturais de pragas no Estado.
O evento é realizado em conjunto pela Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima), a Faperr (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado) e o Programa de Posagro (Pós-Graduação em Agronomia) da UFRR.
O seminário destacou a importância da prevenção e combate às pragas agrícolas, visando garantir a produtividade e a segurança da produção agropecuária em Roraima. A programação contou com palestras e especialistas da área, abordando desde desafios climáticos até novas tecnologias para controle fitossanitário. A programação do seminário trouxe uma série de debates fundamentais para a agricultura roraimense.
O setor é um dos pilares da economia de Roraima, e por esse motivo, o debate é essencial para garantir a sanidade vegetal e preservar a produtividade, a qualidade dos produtos e a segurança alimentar. O seminário também é uma oportunidade para promover o intercâmbio entre pesquisadores, produtores e técnicos, fortalecendo a cooperação entre os setores público, privado e acadêmico.
Além das palestras, a ocasião permitiu a apresentação de pesquisas e novas tecnologias, contribuindo para o desenvolvimento de soluções inovadoras para os desafios fitossanitários enfrentados pelos produtores locais. Com o fortalecimento da defesa sanitária vegetal, Roraima se posiciona como uma região estratégica para a produção agrícola, garantindo a qualidade e competitividade do setor agropecuário no cenário nacional.
A palestra inicial, ministrada pelo pesquisador da UFV (Universidade Federal de Viçosa), Dr. Emerson Del Ponte, abordou o papel da pós-graduação na qualificação profissional do agronegócio brasileiro, com foco nas regiões de fronteira. Outro ponto relevante foi a palestra do diretor administrativo financeiro da Faperr, Dr. Beethoven Barbosa, que discutiu as conquistas no setor agrícola de Roraima, destacando a nova fronteira agrícola e os desafios nas relações trinacionais.
“Para evitar problemas em 2025, discutimos as questões relacionadas às variações ambientais e também relacionadas à questão da incidência de pragas. No mês de maio a implementação das pesquisas iniciam e vão exatamente verificar todas aquelas ocorrências do ano passado, em que tivemos problemas com fogo, falta de água e outros. Estamos trazendo também profissionais experts no Brasil e no mundo que vão instalar pesquisas em Roraima para a gente começar um monitoramento bem profundo e minimizar todos os problemas que possam ocorrer, entendendo sempre que a natureza que governa essas questões, mas nós podemos sim agir preventivamente, como estamos fazendo com este seminário”, afirmou o diretor Beethoven.
O evento também trouxe reflexões sobre os impactos ambientais no setor, como na palestra do MSc. Marcos André de Souza Prill, que abordou os desafios da defesa vegetal diante das mudanças climáticas e das ameaças à produção agrícola na Amazônia. A questão do uso e ocupação do solo em Roraima foi tema da palestra da coordenadora do ZEE (Zoneamento Ecológico-Econômico) na Seadi (Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação), Cíntia Martins, que apresentou os avanços dessa política pública desde que foi implementada no Estado.
Outras palestras de grande impacto foram ministradas por especialistas como o professor da UFV, Dr. Marcelo Coutinho, que discutiu programas de controle de pragas e perspectivas para o futuro, e a pesquisadora da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Dra. Hyanamaika Lima, que apresentou os avanços no manejo da vassoura de bruxa, uma das principais doenças que afetam a produção agrícola.
Por fim, o professor Dr. Franscisco Claudio Freitas, também da UFV, enfatizou o manejo integrado de plantas daninhas.
“Aqui é uma área ao extremo do Brasil que vem crescendo muito. Uma área também de fronteira, onde temos possibilidades externas de exportar os produtos e de trabalhar, como já fazemos aqui, com pragas quarentenárias, isto é, organismos que podem causar problemas à pecuária do Brasil. Somos um grupo da UFV, de Minas Gerais, e estamos aqui representando mestrado profissional em defesa sanitária vegetal, então está sendo feito uma parceria com os órgãos estaduais de Roraima, para ações e para treinamento de pessoas, e nós estamos muito felizes e esperançosos que isso renda muito”, reforçou Marcelo.