A Sesau (Secretaria de Saúde), em parceria com o Ministério da Saúde, deu início nesta terça-feira, dia 06, a uma série de treinamentos que visam fortalecer a atuação de profissionais de saúde nas estratégias de controle da vigilância de óbitos relacionados à tuberculose em Roraima.
Reunindo representantes da Atenção Básica dos Municípios, Vigilância Epidemiológica, Núcleos de Vigilância Hospitalar e Saúde Indígena, a atividade que abriu a programação no Estado ocorreu no auditório da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, situada no bairro São Francisco.
“A Vigilância do Óbito faz uma avaliação das mortes que ocorreram e que possuem relação com a tuberculose, para que possamos identificar os possíveis erros durante a execução dos serviços de saúde, para que possamos corrigi-los”, destacou a gerente do Núcleo de Controle da Tuberculose da Sesau, Ângela Félix.
Além da Capital, a programação inclui atividades na Casai-Y (Casa de Saúde Indígena Yanomami), abrigos voltados para a população imigrante, Unidades Básicas de Saúde e Universidade Estadual de Roraima.
Responsável pela Unidade de Vigilância da Casai-Y, Alessandra Dias, afirmou entender a importância da participação de todas as vigilâncias do Estado para o fortalecimento do combate à tuberculose.
“Está sendo bem interessante saber como é que funciona essa questão dos óbitos [causados pela tuberculose], e eu acho que era algo até que estava faltando”, pontuou.
Sobre a doença
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta principalmente os pulmões, embora possa acometer também outros órgãos ou sistemas.
Os sintomas variam em tosse com ou sem catarro, febre baixa ao fim da tarde, emagrecimento, falta de apetite e suor noturno.
Segundo Ângela Félix, a migração venezuelana, a doença dentro do sistema prisional e de territórios indígenas de difícil acesso, são os principais fatores para o crescente número de casos da doença no Estado.
“Percebemos que muitas vezes, mesmo o paciente indo no serviço de saúde, o profissional deixa passar despercebido a investigação. Então, que a população fique orientada a pedir para ser investigada para tuberculose, porque é uma doença tratável, tem cura, o medicamento é disponibilizado pelo SUS”, ressaltou a gerente do Núcleo.
Em 2023, Roraima registrou 524 novos casos da doença, sendo 28 óbitos pela doença.
As populações vulneráveis mais acometidas pela doença são compostas por imigrantes, com 138 casos registrados, pessoas privadas de liberdade com 141 casos e indígenas com 99 casos.
“Nós estamos entre um dos Estados que têm a taxa de mortalidade mais alta do país. Então essa oficina de hoje, tem o objetivo de capacitar os profissionais para que possamos fazer uma vigilância do óbito adequada, para reduzir esses óbitos e essa taxa de mortalidade”, destacou Ângela.
Confira a programação:
– 12/08 – Treinamento na aplicação da prova tuberculínica
– Horário: 8h às 11h30
– Local: SAE (Serviço de Assistência Especializado)
– 12/08 – Treinamento na aplicação da prova tuberculínica
– Horário: 14h às 17h
– Local: Casai-Y (Casa de Saúde Indígena Yanomami)
– 13/08 – Treinamento na aplicação da prova tuberculínica
– Horário: 8h às 11h30
– Local: Abrigo para imigrantes Tuaronoko em Boa Vista
– 13/08 – Treinamento na aplicação da prova tuberculínica
– Horário: 14h às 17h
– Local: Unidade Básica de Saúde Sayonara
– 14/08 – Treinamento na leitura da prova tuberculínica
– Horário: 8h às 11h30
– Local: SAE
– 14/08 – Treinamento na leitura da prova tuberculínica
– Horário: 14h às 17h
– Local: Casai-Y
– 15/08 – Treinamento na leitura da prova tuberculínica
– Horário: 8h às 11h30
– Local: Abrigo para imigrantes Tuaronoko em Boa Vista
– 15/08 – Treinamento na aplicação da prova tuberculínica
– Horário: 14h às 17h
– Local: Unidade Básica de Saúde Sayonara
– 27 e 28/08 – Treinamento no Manejo Clínico da Tuberculose
– Local: Auditório da UERR (Universidade Estadual de Roraima)
