Sesau emite alerta para que municípios reforcem monitoramento da Mpox

Em Roraima, foi notificado um caso suspeito no dia 24 de agosto, em um paciente do sexo masculino de 38 anos, residente em Boa Vista, que apresentou sinais compatíveis para a Mpox. – Foto: Ascom/Sesau

A Sesau (Secretaria de Saúde) emitiu nesta sexta-feira, 30, um alerta epidemiológico para que os 15 municípios de Roraima reforcem ações de monitoramento para a Mpox.

No dia 14 de agosto deste ano, a OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou a doença como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, devido ao cenário epidemiológico de surto já detectado em alguns países do mundo.

Em Roraima, a recomendação aos municípios foi emitida após a notificação de um caso suspeito no dia 24 de agosto, em um paciente do sexo masculino de 38 anos, residente da capital Boa Vista, que apresentou sinais compatíveis para a Mpox.

A amostra biológica do caso foi coletada e encaminhada para o Lacen-RR (Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima), com resultado positivo confirmado na quinta-feira, dia 29.

O paciente segue em total isolamento e os contatos seguem em monitoramento pela Área Técnica do Município de Boa Vista.

“Toda a nossa rede de vigilância do Estado está em alerta e em monitoramento contínuo. A resposta rápida frente a uma emergência em saúde pública é fundamental para controlar e quebrar a cadeia de transmissão da doença”, reforçou a coordenadora Geral de Vigilância em Saúde da Sesau, Valdirene Oliveira.

Panorama da doença

No Brasil, segundo o Informe Semanal COE (Centro de Operações de Emergências), Edição nº 02 | SE 01 a 34/2024, entre as Semanas Epidemiológicas 1 a 34 de 2024, foram notificados 836 casos confirmados ou prováveis de Mpox, sendo o Sudeste a região com o maior número de casos, com 681 casos (81,6 % do total nacionais).

Os estados com os maiores quantitativos de casos neste período foram São Paulo (430), Rio de Janeiro (194), Minas Gerais (50) e Bahia (35). Não houve registro de casos confirmados ou prováveis em Amapá, Tocantins, Maranhão, Piauí e Mato Grosso.

Em Roraima, no ano de 2022, foram notificados 8 casos confirmados e 1 provável de Mpox, enquanto em 2023 não foram registrados casos confirmados.

Sintomas

A Mpox é uma doença causada pelo Monkeypox vírus, do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. O nome deriva da espécie em que a doença foi inicialmente descrita em 1958.

Trata-se de uma doença zoonótica viral, cuja transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal silvestre ou humano infectado ou com material corporal humano contendo o vírus.1

Os sintomas em uma pessoa infectada geralmente são leves, porém, em alguns casos, o paciente pode desenvolver formas graves que necessitam de atenção à saúde especializada.

Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e dores no corpo, dor nas costas, calafrios, cansaço, feridas na pele (erupções cutâneas) e gânglios inchados que comumente precedem a erupção característica da doença.

Embora a nova variante atualmente esteja restrita ao território africano, é importante manter as ações de prevenção e vigilância, para a identificação oportuna de novos casos.

Recomendações

No alerta, a Sesau recomenda que os municípios realizem as seguintes ações:

– Realizar notificação oportuna de casos suspeitos de mpox;

– Investigar os casos prováveis e confirmados e seus contactantes para reconhecer grupos vulneráveis e modos de transmissão em possíveis surtos;

– Realizar a notificação dos casos de forma mais qualificada e ideal possível no sistema de notificação Sistema de Informação de Agravos de Notificação

– Sensibilizar as redes de vigilância e atenção à saúde organizadas sobre a situação epidemiológica;

– Notificar, investigar e monitorar casos suspeitos de Mpox conforme a definição de caso estabelecida, no devido sistema de informação orientado pelo Ministério da Saúde.

Minervaldo Lopes

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