Governo de Roraima e CRM promovem curso para identificação de morte encefálica

Ao todo, 16 médicos da rede pública ou privada participaram do curso. – Fotos: Fernando Oliveira

Com o objetivo de trazer maior eficiência para o atendimento a pacientes críticos, o Governo de Roraima, por meio da Sesau (Secretaria de Saúde), realizou nesta quarta-feira, 27, um treinamento para determinação de morte encefálica, com carga horária de 8h de duração.

Ao todo, 16 médicos da rede pública ou privada participaram do curso realizado pelo CET-RR (Centro de Transplantes de Roraima) junto com a Opos (Organização de Procura de Órgãos). De forma gratuita, os profissionais receberam aulas teóricas voltadas a temas como fundamentos éticos e legais e conduta pós-diagnóstico, passaram por estações de aulas práticas com treinamentos de execução da prova de morte encefálica e discussão de casos.

As temáticas e protocolos abordados ao longo do dia perduram os protocolos relacionados à doação de órgãos, envolvendo legislações e fundamentos do Ministério da Saúde, que legisla sobre a doação de órgãos e transplantes, e do CFM (Conselho Federal de Medicina), a determinação do diagnóstico dos exames clínicos e por imagem que devem serem feitos, para chegar à finalização e o diagnóstico de morte encefálica.

A coordenadora do CET-RR (Central Estadual de Transplantes de Roraima), Patrícia Renovato, explicou que esse curso ocorre desde a instituição da unidade da Sesau, em 2017, sendo realizado a priori uma vez por ano. Entretanto, a partir de 2021, por conta da grande rotatividade de médicos, o curso passou a ser realizado duas vezes ao ano, sendo a primeira no primeiro semestre e a segunda no segundo semestre.

“O objetivo do curso é qualificar o profissional para que ele identifique o paciente com um possível quadro de morte encefálica, para evitar condutas inúteis e fúteis, para não estender o sofrimento da família, ter-se a liberação de leitos de UTI, que são os mais nobres do hospital. Também visa favorecer quem está na fila aguardando transplante de órgãos”, reforçou.

Um dos profissionais que participaram do curso foi Cássio Mourão, que atua há cinco anos como médico assistente da unidade de atendimento do HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento). Ele avalia a morte encefálica como um processo importante para que outras vidas sejam salvas, ou que melhore a qualidade de vida de alguns outros pacientes.

“Capacitar mais médicos para o reconhecimento e o fechamento de protocolo já é um passo importante para que, no futuro, a gente também possa estar planejando a construção de um serviço de captação e transporte aqui mesmo em Roraima. A longo prazo, a qualidade de vida da população traz grandes benefícios”, ressaltou.

Residente do HGR há dois anos, Pollyanna da Silveira, que também participou do curso, ressaltou a importância desse treinamento, uma vez que ela terá que lidar com situações como as apresentadas ao longo do dia dentro da UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), portanto haverá maior respaldo e segurança ao lidar com o protocolo desses casos.

“Acho fundamental esse treinamento para médicos que estão aqui, pois estamos vendo isso como uma forma muito positiva de engrandecer a parte médica e a nossa prática. Foi uma ótima oportunidade de poder participar desse curso”, afirmou a residente.

Ayan Ariel

 

 

Veja também

Topo