A maior festa popular do país, o carnaval, se aproxima. Durante o período, milhões de brasileiros saem às ruas para celebrar a data, seja em locais públicos ou privados. Por isso, para quem pretende curtir a folia nesses eventos, é preciso estar atento para evitar situações que possam comprometer a integridade física e moral. O alerta vai, principalmente, para crianças, adolescentes e mulheres.
Conforme Socorro Santos, diretora do Programa de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania (PDDHC), da Assembleia Legislativa (ALE-RR), os pais ou responsáveis devem ter cuidado redobrado com os pequenos, por essa ser uma época na qual os aliciadores estão prontos para fazer novas vítimas.
“Várias crianças, no Brasil, desaparecem nesse período e nunca mais retornam a seus lares. Se você vir alguma criança negligenciada pela família, por causa do álcool que está no ambiente, ou perceba casos de trabalho infantil, denuncie ao Disque 100. Hoje, em Roraima, temos três Conselhos Tutelares, onde podemos fazer essa interferência, cuidado e prevenção com os menores de idade, além de poder orientar essas famílias. Crianças têm o direito de brincar”, ressaltou a diretora.
Para denunciar violações dos direitos humanos, vítima e moradores podem procurar atendimento na sede do programa, na Rua Coronel Pinto, 524, Centro, pelo telefone (95) 98402-1493 ou pelos e-mails: programapdhc@gmail.com / traficodepessoas.rr@gmail.com; Há também a Polícia Civil, no número 181; Polícia Rodoviária Federal, 3621-1515, e plataforma on-line do Sistema IPÊ – Trabalho Escravo: ipe.sit.trabalho.gov.br.
Público feminino
Com relação aos cuidados relativos às mulheres, parcela suscetível a diversos tipos de assédio, a servidora do Centro Humanitário de Apoio às Mulheres (Chame), Marcilene Melo, aconselha a evitarem ir a lugares sozinhas, entre outros.
“A mulher precisa procurar amigos de sua inteira confiança para ajudá-la, caso precise. Se ela for beber, que tenha cuidado com o seu copo para evitar que alguém coloque algo em sua bebida. Além disse, se a mulher perceber qualquer tipo de importunação sexual, que, imediatamente, chame algum amigo. Caso esteja sozinha, que acione a Polícia Militar, que sempre está em pontos diferentes nos eventos”, frisou.
Melo também destaca a importância de a população estar atenta em reconhecer comportamentos que sinalizam um pedido de ajuda.
“Que essas pessoas tenham o intuito de ajudar, porque, aquela mulher que vai desacompanhada, está vulnerável. Nem todo mundo tem um companheiro ou amiga para ir a um bloco de carnaval, mas quer se divertir. Outra dica é, se for pegar um transporte por aplicativo, que também compartilhe a sua localização com um conhecido ou familiar. O importante é ter empatia pelo próximo”, disse.
O Chame acolhe mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, com atendimentos psicológicos, jurídicos e de orientação, de segunda a sexta-feira. Na capital, funciona no prédio da Secretaria Especial da Mulher, na Avenida Santos Dumont, 1470, Aparecida.
Em Rorainópolis, funciona na BR-174, próximo à rodoviária, também de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h (sem intervalo para o almoço). Há também o ZapChame no número (95) 98402-0502, 24 horas por dia, incluindo fins de semana e feriados.
Segurança ostensiva
O folião vai poder aproveitar as festas e os blocos de carnaval com mais tranquilidade e segurança. Conforme o tenente-coronel PM Marcelo Rocha, do Comando de Policiamento da Capital (CPC), mais de cem agentes serão disponibilizados no Estado, para garantir a ordem e a segurança nos locais onde houver festas.
“Vamos apoiar as prefeituras, que organizam os eventos, porque é nossa missão fazer a segurança da população”, informou.
Entre as dicas de segurança, segundo o tenente-coronel, estão: evitar levar dinheiro físico e toda a documentação pessoal em bolsas; não usar joias e celular em locais de grande aglomeração, onde, geralmente, ocorrem furtos, e, principalmente, não dirigir se for ingerir bebida alcoólica.
“A PM trabalha com a Guarda Municipal e Detran para poder inibir que pessoas possam dirigir alcoolizadas e aconteçam acidentes de trânsito. A gente sabe que o carnaval é um período muito complicado, por isso, vamos apoiá-los em blitzes também”, concluiu Rocha.
Suzanne Oliveira