Quatro policiais militares investigados por crimes de tortura, roubo e milícia privada são presos em operação da PCRR

Foram presos na ação os policiais W. M. S., de 29 anos, no bairro Liberdade; T. M. L. S., de 42 anos, no bairro Caranã; A. C. T., de 30 anos, no bairro Centenário e A. C. S.M., de 38 anos, no CPC. – Fotos: Ascom/PCRR

Na manhã desta segunda-feira, 22, a PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio da DGH (Delegacia Geral de Homicídios), deflagrou uma operação para cumprir quatro mandados de prisão temporária e três mandados de busca e apreensão domiciliar em face de quatro policiais militares acusados de crime de tortura e roubo contra um garimpeiro.

Além de policiais da DGH, participaram da ação policiais do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), do GRT (Grupo de Resposta Tática) e do DEINT (Departamento de Inteligência) da SESP (Secretaria de Segurança Pública.

Foram presos na ação os policiais W. M. S., de 29 anos, no bairro Liberdade; T. M. L. S., de 42 anos, no bairro Caranã; A. C. T., de 30 anos, no bairro Centenário e A. C. S.M., de 38 anos, no CPC (Comando de Policiamento da Capital), onde já estava preso em decorrência de outra investigação da DGH.

O caso

O delegado João Evangelista representou pela prisão temporária, além da busca e apreensão domiciliar contra os quatro policiais militares, ambos investigados em inquérito policial que apura delitos de tortura e roubo contra o garimpeiro M. H. A. L., fatos ocorridos no dia 31 de janeiro de 2024, ocasião em que a vítima registrou boletim de ocorrência noticiando uma abordagem policial onde sofreu tortura física e mental, sendo asfixiado com pano e água, além de agressões no tórax e pernas, ocasionando escoriações.

Uma testemunha ouvida na DGH, disse que devido à demora da vítima em chegar à sua casa no dia, fez buscas ao longo da RR 205, que liga Boa Vista ao município de Alto Alegre, quando avistou seu carro estacionado à margem da via, juntamente com uma viatura policial. Na ocasião, um policial militar se aproximou da testemunha e alegou que a vítima teria fugido da abordagem policial e por isso teria sido detido.

Segundo o delegado, a prisão dos envolvidos é importante para que sejam resguardados tanto a ordem pública quanto a própria investigação, uma vez que os representados, segundo consta, estão envolvidos em outros crimes de alta periculosidade.

Os presos foram levados à sede da DGH, onde tiveram suas prisões formalizadas. Na manhã desta terça-feira, dia 23, eles serão apresentados na Audiência de Custódia.

Topo