O Corpo de Baile do Teatro Municipal de Boa Vista fez sua estreia no 41º Festival de Dança de Joinville, em Santa Catarina, nesta segunda-feira, 22. Considerado um dos mais importantes festivais de dança do país e um dos maiores do mundo, o evento recebeu os balés Infantil e Adulto de Boa Vista, que se apresentaram no Palco da Sapatilha, o mais prestigiado.
A participação dos artistas de Boa Vista no Palco da Sapatilha marca um importante passo na trajetória do grupo. A estreia não só colocou Boa Vista no mapa da dança nacional, mas também demonstrou a qualidade e a criatividade dos bailarinos do Teatro Municipal.
Com coreografias inovadoras e performances emocionantes, o grupo dividiu palco com companhias de todo o país e do mundo e estiveram entre os mais aplaudidos, abrindo caminho para futuras participações e reconhecimento no cenário da dança.
“Este é um dos mais importantes eventos de dança do Brasil. E presentar Boa Vista e o Teatro Municipal com essa oportunidade é algo muito emocionante. Os meninos se prepararam muito e o recompensa e conhecimento vieram”, afirmou Lucas Sozza, coreógrafo do balé adulto.
O Festival de Dança de Joinville continua até o final da semana, onde o Corpo de Baile do Teatro Municipal seguirá performando em outros palcos. Confira como foram as apresentações na primeira noite:
Balé Infantil
O grupo encantou o público com a coreografia “Essência”, baseada na técnica de Klauss Vianna – consciência em movimento, que destaca a potencialização do corpo cênico, proporcionando uma performance fluida e forte capaz de tocar profundamente a sensibilidade humana.
“Essência” convida a plateia a compreender o que é mais essencial, explorando a conexão de sentimentos e a superação de limites. Com uma execução impecável, os jovens bailarinos de Boa Vista mostraram maturidade e talento, conquistando o respeito e a admiração do público.
Balé Adulto
Por sua vez, o grupo apresentou a coreografia “Dionisíaco”, peça de dança contemporânea com linhas clássicas, inspirada nos deuses da mitologia grega Apolo e Dionísio. A performance refletiu sobre o contraponto entre razão e emoção, destacando a natureza controversa do ser humano em sua incessante busca pelo equilíbrio.
A cena se destacou pelos desenhos coreográficos simétricos que contrastavam com o descontrole dos bailarinos, resultando em uma performance visualmente impactante e emocionalmente envolvente. O trabalho foi fundamentado em estudos de dança moderna, particularmente nas linhas de Lester Horton, evidenciando a dedicação e o rigor técnico do grupo.