Inclusão: Centro de Memória e Cultura do TJRR lança projeto de acessibilidade para surdos

Projeto reflete o respeito aos direitos da cidadania da comunidade surda, democratizando o conhecimento sobre a história da justiça. – Fotos: Nucri

Garantir acessibilidade em espaços públicos vai além da inclusão social, trata-se de um compromisso com o direito das pessoas com deficiência. No Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), esse compromisso já é uma realidade.

O Centro de Memória e Cultura do Poder Judiciário de Roraima (CMC/TJRR) agora oferece acessibilidade nas exposições permanentes por meio de placas com QR Codes, que permitem acesso direto à interpretação do conteúdo em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Basta o visitante apontar a câmera do celular para os QR Codes.

O projeto de acessibilidade em Libras é uma iniciativa do CMC/TJRR, e o lançamento ocorreu na quinta-feira, 26 de setembro. Para o coordenador do CMC, desembargador Cristóvão Suter, esse é um marco de acessibilidade no Judiciário e em espaços museológicos.

“Esse projeto reflete o respeito aos direitos da cidadania da comunidade surda, democratizando o conhecimento sobre a história da justiça”, afirmou o coordenador.

A primeira fase do projeto foi direcionada para pessoas que atuam em prol do direito à acessibilidade para surdos, com a participação de membros da Associação dos Tradutores e Intérpretes de Língua de Sinais de Roraima (ASSOTILS) e da Associação Suo Jure dos Surdos de Roraima (ASSJSRR).

Segundo o intérprete de Libras, Maycon Moletta, a partir de agora, pessoas com deficiência auditiva poderão explorar o CMC/TJRR de forma independente, sem a necessidade de um intérprete para acompanhar a exposição cultural.

“O Tribunal de Justiça mais uma vez cria um marco histórico em Roraima. Os QR Codes foram desenvolvidos para que a pessoa surda possa visitar o CMC de maneira autônoma e acessar todos os passos da história do Estado”, ressaltou Maycon.

A iniciativa visa facilitar o acesso das pessoas com deficiência aos serviços oferecidos pelo Judiciário de Roraima. Para Iolanda Viana da Silva, integrante da ASSJSRR, essa inclusão nos espaços públicos é fruto de uma longa luta da comunidade surda.

“A luta da comunidade surda já existe há muitos anos, e é muito gratificante ver o Tribunal de Justiça de Roraima abraçar essa causa”, afirmou Iolanda.

Quem quiser conhecer mais sobre o projeto de acessibilidade em Libras do CMC/TJRR pode visitar o Centro, localizado na Av. Ville Roy, bairro São Pedro, ao lado da sede da Femarch, das 9h às 17h.

Eduardo Haleks

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