Projeto suspende o pagamento de dívidas de produtores rurais atingidos por estiagem em Roraima

A Câmara dos Deputados discute a proposta de autoria do deputado Gabriel Mota. – Foto: Bruno Spada | Câmara dos Deputados

O Projeto de Lei 4142/24 suspende, por 36 meses, o pagamento de financiamentos e empréstimos contratados por produtores rurais atingidos por condições climáticas adversas, como longos períodos de estiagem, em Roraima.  A Câmara dos Deputados analisa a proposta.

Pelo texto, os valores que deixarem de ser pagos no período da suspensão deverão ser quitados em três parcelas anuais, sendo a primeira 12 meses após o término da suspensão.

Serão suspensas as parcelas dos seguintes programas de crédito rural:

• FNO-Amazônia Rural;

• FNO-Pronaf;

• Pronaf A – Investimento;

• Pronaf A/C – Custeio;

• Pronaf ABC+ Agroecologia;

• Pronaf ABC+ Bioeconomia;

• Pronaf ABC+ Floresta;

• Pronaf Custeio;

• Pronaf Industrialização;

• Pronaf Jovem;

• Pronaf Mais Alimentos (Investimento);

• Pronaf Microcrédito Produtivo Rural (Grupo B); e

• Pronaf Mulher.

Crise ambiental

O autor, deputado Gabriel Mota (Republicanos-RR), afirma que Roraima atravessa uma crise ambiental sem precedentes, marcada por uma sucessão de eventos climáticos extremos.

“Desde outubro de 2023, a região enfrenta uma estiagem prolongada, que levou à decretação de emergência em 14 dos 15 municípios do estado”, contabiliza Mota. “A seca severa, que perdurou até abril de 2024, reduziu drasticamente o nível dos rios, incluindo o Rio Branco, que registrou a segunda maior seca de sua história”, acrescenta.

“Desde o final de julho de 2024, uma nova seca já se instalou no estado, com projeções de que possa ser ainda mais devastadora”, alerta o parlamentar.

Segundo Gabriel Mota, a suspensão dos pagamentos pretende reduzir o impacto das adversidades climáticas na vida dos produtores, permitindo a reestruturação das lavouras sem o custo adicional dos compromissos financeiros no curto prazo.

Próximas etapas

A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para virar lei, a medida precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores.

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Murilo Souza | Agência Câmara de Notícias

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