Trio que usava “Chapolin” para furtar objetos de veículos em Boa Vista é preso pela PCRR

Foram presos em flagrante os venezuelanos L.J.T.O, de 43 anos, J.R.M.C, de 42 anos e N.D.C.A.B. de 37 anos. – Foto: Ascom | PCRR

Uma investigação da PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio de uma ação conjunta das equipes da SIOP (Seção de Investigação e Operação) do 2º DP (Distrito Policial) e do GRI (Grupo de Resposta Imediata), resultou na prisão em flagrante neste sábado, 15, dos venezuelanos L.J.T.O, de 43 anos, J.R.M.C, de 42 anos e N.D.C.A.B. de 37 anos, por furto qualificado pela fraude e destreza, mediante concurso de pessoas e associação criminosa. O trio, formado por dois homens e uma mulher, utilizava um dispositivo conhecido como “Chapolin” para bloquear o sinal de trancamento dos carros e furtar os pertences deixados no interior deles.

De acordo com informações prestadas pelo delegado do 2º DP, Carlos Henrique Freitas, a investigação teve início após a equipe da SIOP do 2DP ser acionada para apurar um furto ocorrido no dia 12 de março.

O crime aconteceu em frente a uma loja agropecuária no bairro Liberdade, onde uma bolsa contendo um tablet, um canivete, cartões e uma lanterna foi furtada de uma caminhonete L-200 branca. Paralelamente, o 2º Distrito Policial já investigava um furto ocorrido em um supermercado dentro de um shopping na zona oeste da cidade.

Os investigadores do 2º DP identificaram, durante as diligências, dois homens e uma mulher como suspeitos do furto na L-200. Com base nas informações, os agentes realizaram diligências neste sábado e localizaram o trio em um restaurante próximo à Rodoviária Internacional de Boa Vista. Durante a abordagem, foram encontrados com os suspeitos objetos furtados, além de um rádio comunicador e um controle remoto usado para bloquear o travamento eletrônico dos veículos.

Segundo o delegado Carlos Henrique, durante as diligências os suspeitos indicaram onde haviam escondido alguns dos objetos, incluindo um iPhone 15 Pro Max furtado no supermercado. O aparelho foi recuperado pela equipe policial, enterrado próximo da Rodoviária. Durante a prisão, foram encontrados com os acusados uma bolsa azul e um casaco verde fluorescente, itens usados por um deles, durante o momento do furto na L-200. No entanto, durante o interrogatório, os suspeitos negaram a autoria dos crimes.

Ainda conforme o delegado, os acusados possuem registros em dois inquéritos e quatro boletins de ocorrência relacionados a furtos no Estado do Amazonas.

Como funciona o golpe do “Chapolin”

O dispositivo, popularmente conhecido como “Chapolin”, segundo o delegado, bloqueia a frequência do controle remoto dos veículos, impedindo que as portas sejam trancadas corretamente. Dessa forma, os criminosos conseguem acessar o interior do carro e furtar os objetos deixados dentro dele sem a necessidade de arrombamento.

“O criminoso observa a vítima estacionando o carro e, quando ela se afasta, aciona o equipamento para impedir o acionamento do alarme. Muitas pessoas não conferem se o veículo realmente travou, o que facilita a ação criminosa”, explicou o delegado.

Como se proteger desse tipo de crime – Para evitar ser lesado por criminosos que usam esse artifício, o delegado recomenda algumas medidas de segurança:

“O correto é sempre verificar manualmente se as portas do carro estão trancadas. Evitar deixar objetos de valor dentro do veículo. Sempre que possível, estacione em locais seguros e vigiados”, orientou.

Autuação em flagrante

Segundo o delegado Carlos Henrique, desde a prática do crime em uma L-200, registrado no 2º DP, em que os três venezuelanos foram identificados como autores, a equipe da Polícia Civil vinha trabalhando ininterruptamente para localizá-los e prendê-los.

O trio foi encaminhado à sede do 2º DP, onde foram autuados em flagrante pelos crimes. Neste domingo, dia 16, eles serão apresentados na Audiência de Custódia.

“Com a prisão desses indivíduos, a Polícia Civil segue investigando possíveis conexões deles com outros crimes semelhantes e reforçamos a importância de a população denunciar qualquer atividade suspeita”, ressaltou.

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