Dia Mundial do Solo reforça alerta sobre degradação e necessidade de preservação

Data visa conscientizar governos, produtores rurais e a sociedade sobre o papel do solo na produção de alimentos, na manutenção da biodiversidade e no equilíbrio climático. – Fotos: Divulgação / Edilson Rodrigues

Celebrado no dia 5 de dezembro, o Dia Mundial do Solo chama atenção para a importância da conservação desse recurso essencial à vida e para os riscos provocados pelo manejo inadequado.

A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), para conscientizar governos, produtores rurais e a sociedade sobre o papel do solo na produção de alimentos, na manutenção da biodiversidade e no equilíbrio climático.

O Dia Mundial do Solo surgiu como uma oportunidade de reforçar a urgência de preservar o que sustenta a vida no planeta. Como destacam especialistas, a saúde do solo está diretamente ligada à saúde das pessoas e ao futuro da produção agrícola.

A professora da UFRR (Universidade Federal de Roraima), a engenheira civil Mariana Chrusiack, disse que não existe nada que não seja relacionado ao solo na vida humana.

“Falando como engenheira, temos diferentes obras e para todas o solo serve como base. Então, o solo é a nossa base sólida para qualquer ecossistema e isso inclui a vida humana”.

Sobre como a degradação do solo impacta a produção de alimentos, a professora explicou que o impacto é geral. “Quando o solo é aberto, ficando exposto, ele vai se modificando muito com o tempo. E, sendo modificado, tende a ser extraído, geralmente, da produção dos alimentos, insumos específicos, ficando empobrecido”, disse.

“Então, cuidar e verificar tudo a respeito do solo, é a chave para que tenhamos um bom desempenho em qualquer atividade, seja de produção de alimentos como as demais”, frisou Mariana.

Segundo a professora, a pesquisa científica tem contribuído para a recuperação de áreas degradadas, estando cada vez mais focadas em mudanças climáticas.

“A pesquisa científica contribui no sentido de entender o que está acontecendo com o clima, o que é prever coisas que podem acontecer e tentar mitigar isso testando diferentes métodos. É como conseguimos avaliar, buscar e testar diferentes soluções e verificar qual a que se adequa para determinado problema. Então ela sem dúvida agrega e muito nessas recuperações de áreas degradadas também”, ressaltou Mariana.

Educação Ambiental

Sobre como a educação ambiental pode ajudar a reduzir danos causados pelo mau uso do solo, a professora Mariana destacou que esse processo é fundamental para instruir a sociedade a tomar decisões melhores com base científica.

“Sem sombra de dúvida, a educação ambiental ajuda a reduzir danos, porque orienta as pessoas a utilizarem o solo da melhor forma possível. Então é fundamental, é um alicerce dentro de qualquer situação”, disse.

Museu de Solos da UFRR

O Museu de Solos da UFRR (Universidade Federal de Roraima) foi inaugurado em outubro de 2013, e fica localizado no Centro de Ciências Agrárias do Campus Cauamé da Universidade Federal de Roraima (UFRR).

O acervo é formado por 25 monólitos que representam 12 tipos de solos, sendo o estado com a maior diversidade de solos da Amazônia, e abriga também amostras de rochas e minerais.

Instituições de ensino que queiram agendar visitas ao Museu de Solos da UFRR podem agendar pelo telefone 95-99135-0750.

Edilson Rodrigues

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