A Aderr (Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima) deu início a mais um levantamento de pragas quarentenárias nas propriedades rurais de Roraima. O objetivo é identificar possíveis focos de cancro cítrico, ácaro hindustânico, pinta preta, HLB, moko da bananeira, fusarium, cancro da videira, bicudo da acerola e monilíase do cacaueiro nas áreas rurais e urbanas do interior do Estado.
Serão visitadas 800 propriedades e inspecionadas cerca de 140 mil plantas que produzem laranja, limão, tangerina, uva, cacau, cupuaçu e acerola. É um trabalho importante para proteger a fruticultura em Roraima e atender as determinações do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
“Essa é uma ação importante para a agricultura do nosso Estado, pois garante a sanidade das diversas culturas agrícolas, além de atender uma demanda do Ministério que exige, anualmente, relatórios quanto ao status sanitário, visando prevenir a ocorrência de pragas que possam causar danos à economia,” destacou o governador Antonio Denarium.
De acordo com o fiscal agropecuário engenheiro agrônomo Washington Luis, responsável pelo levantamento fitossanitário, serão visitadas o máximo de propriedades nas áreas rurais e urbanas dos municípios de Roraima, para avaliar sintomas e sinais da presença das pragas nas plantas.
Ele explicou que as pragas quarentenárias são assim chamadas, porque precisam ficar de quarentena para verificar se apresentam características de determinadas doenças.
“São pragas que precisam ser anualmente vistoriadas, pois são classificadas como de interesse econômico, porque podem causar prejuízo na comercialização e exportação de produtos de um estado para outro, ou de um município para outro,” observou o presidente da Aderr, Kelton Lopes.
Cronograma de atividades
As equipes de técnicos da Aderr estão assim distribuídas de acordo como município e o mês: Pacaraima e Alto Alegre (fevereiro), Cantá e Uiramutã (março), Bonfim e Normandia (abril), Amajarí e Rorainópolis (maio), São Luiz (junho), Caracaraí e Caroebe (julho), São João da Baliza e Iracema (agosto) e Mucajaí (setembro).
Os técnicos da Aderr enfatizam que não existe remédio contra as pragas. O manejo integrado é a forma mais eficiente de combate às pragas quarentenárias, para isso recomendam a inspeção periódica no pomar, erradicação das plantas com sintomas e aquisição de mudas sadias e certificadas.
Elias Venâncio
