Coluna Voz & Valor – por Carol Padilha

Gentileza consigo mesmo: transforme seu dia com o poder da música

No ritmo acelerado do dia a dia, é fácil se perder entre responsabilidades, cobranças e expectativas alheias. Mensagens, reuniões, compromissos… mal respiramos, mal sentimos.

E, em meio a tudo isso, será que conseguimos realmente ouvir — e interpretar — o que o mundo nos transmite, inclusive através das músicas? A música pode ser muito mais do que entretenimento: é uma ferramenta de reflexão, um espaço que nos permite pausar, sentir e pensar sobre nós mesmos e sobre como reagimos à vida.

A letra de “Seja Gentil”, de Kell Smith, é um exemplo perfeito desse poder:

“Seja gentil com você
Respira fundo e pega leve
Só leve o que não pesar no coração…”

Mais do que palavras bonitas, ela nos lembra que existem múltiplas formas de comunicar, interpretar e sentir o mundo, e que podemos escolher como reagir às nossas emoções e àquilo que nos rodeia. Ouvir músicas assim pode se tornar um ritual de reflexão, um momento para todos nós avaliarmos nossos limites, prioridades e escolhas.

No Setembro Amarelo, essa prática ganha ainda mais significado: autocuidado, atenção às próprias emoções e gentileza consigo mesmo são escolhas que podem salvar vidas — inclusive a nossa.

1. Leveza e peso: ouvir o coração

“Só leve o que não pesar no coração”

Nossa vida muitas vezes parece uma mala emocional que carregamos diariamente. Alguns pesos são necessários, outros apenas nos sobrecarregam. Gentileza consigo mesmo é decidir o que merece espaço e o que podemos soltar.

Aceitar que nem toda mensagem precisa de resposta imediata, que nem toda opinião precisa ser levada a sério, ou que nem todo erro precisa ser carregado como culpa eterna é um ato de autocomunicação saudável e sobrevivência emocional.

Criar momentos para refletir — por exemplo, ouvindo músicas que nos inspiram — ajuda a enxergar a vida com mais clareza, filtrar o que realmente importa e soltar o que não nos serve.

2. Aceitação: é humano não estar bem

“Tá tudo bem se não tá tudo bem todo dia”

Nem sempre acordamos cheios de energia ou otimismo. E tudo bem. Gentileza interna é reconhecer nossos limites e acolher nossas emoções, mesmo quando são difíceis.

Permitir-se descansar, pedir ajuda ou simplesmente chorar não é fraqueza — é consciência, autocompaixão e presença plena. Ouvir músicas que nos falam de cuidado e gentileza pode ser uma oportunidade para acolher nossos sentimentos, aprender a aceitar nossa vulnerabilidade e praticar presença no momento.

3. Amor, tempo e escolhas: comunicação com o mundo

“Ah, se não houver amor não se demore lá
Ah, que a previsão do tempo é que ele corre mais”

Gentileza também é discernimento. Saber quando permanecer e quando partir, respeitar a própria alma antes de tentar salvar o mundo externo.

Refletir sobre essas palavras nos ajuda a avaliar prioridades e relacionamentos, eliminando o que drena, fortalecendo o que energiza e criando espaço para viver de verdade. Cuidar de si é a escolha mais estratégica e amorosa que podemos fazer — e práticas simples, como ouvir músicas que nos convidam à reflexão, podem nos guiar nesse processo.

4. Gentileza como infraestrutura moral

A música de Kell Smith é mais do que poesia; é um manifesto silencioso sobre autocuidado e presença. Gentileza consigo mesmo é coragem emocional diária, infraestrutura moral para enfrentar um mundo acelerado e base para relações saudáveis.

Quem não pratica essa gentileza corre o risco de se perder em demandas externas, cobrando atenção que não oferece a si mesmo. A verdadeira sustentabilidade emocional começa dentro de nós, no cuidado com o próprio coração.

Ouvir músicas de reflexão pode ser uma prática acessível a todos, permitindo experimentar diferentes olhares sobre a vida, reinterpretar emoções e fortalecer nossa capacidade de cuidar de nós mesmos.

Um convite à reflexão e ação

Neste Setembro Amarelo, faça da gentileza consigo mesmo um hábito: escute suas emoções, liberte o que pesa, valorize seus limites e escolha o que realmente merece seu tempo e energia.

A maior gentileza que podemos oferecer ao mundo nasce do cuidado que aprendemos a ter conosco.

E então, reflita:

• O que você diria ao seu melhor amigo se estivesse passando por um momento difícil?

• E o que você diria a si mesmo?

Provavelmente, você seria mais duro consigo mesmo. Por que somos sempre mais gentis com os outros do que com nós mesmos?

Práticas simples, como ouvir músicas que convidam à reflexão, nos ajudam a resgatar essa gentileza interna, a olhar para nós mesmos com empatia e a nos reconectar com o mundo de forma consciente e saudável.

A música “Seja Gentil”, de Kell Smith, pode ser ouvida neste link Bing Vídeos no YouTube para uma experiência completa da reflexão proposta neste texto.

“Kell Smith é cantora, compositora e produtora musical brasileira, reconhecida por criar letras sensíveis que exploram emoções, relações humanas e autocuidado. Seu trabalho combina poesia e música como ferramenta de reflexão, tornando suas canções uma experiência tanto artística quanto emocional para quem as escuta.”
(*) Carol Padilha é Empreteca, Administradora, Empreendedora, Dama Comendadora, Especialista em Gestão, Neurociência para Negócios, Psicologia Positivia. Apaixonada por ajudar pessoas a resolverem problemas complexos e a enxergarem sentido em suas jornadas.
Nota de Rodapé: Nesta coluna, trago reflexões que unem Gestão, Empreendedorismo, comportamento humano e experiências do cotidiano para inspirar você, leitor, a atravessar seus desafios com mais consciência, coragem e sentido

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