Com ajuda da Escolegis, candidatos intensificam estudos para concurso da Polícia Civil

Uma das dicas de professora de redação é se dedicar em casa ao conteúdo ministrado presencialmente na sala de aula. – Fotos: Divulgação TV Assembleia

Falta pouco mais de um mês para as provas do concurso público da Polícia Civil de Roraima. Para garantir mais oportunidade aos concurseiros, a Escolegis (Escola do Legislativo) abriu outra turma presencial.

Erica Cristina da Silva, 23 anos, é uma das candidatas que não perde as aulas, embora a rotina seja cansativa. Ela vai concorrer a uma vaga de escrivã.

“Tem sido uma rotina bem intensa porque passo o dia todo no trabalho e à noite venho direto para a Escolegis, mas está sendo bastante gratificante, uma vez que a gente encontra o conhecimento com professores, presencialmente, pois é muito melhor que estar em casa somente nas leituras. Pra mim, tem sido muito bom”, disse Erica.

O gargalo da prova, segundo ela, deve ser a redação, que considera uma das partes mais difíceis porque tem que ter domínio para dissertar sobre o tema que será proposto pela banca. “Por ser um concurso relacionado à segurança pública, reconheço que tenho pouco conhecimento. Então, estou lendo sobre o tema para ver se consigo ter uma nota melhor”, afirmou.

A iniciativa da Escolegis em ofertar o curso presencial, na avaliação dela, é muito boa porque se está diante de uma crise econômica, e não sobram recursos para investir em educação.

“Muitas das vezes, não temos como pagar por um cursinho preparatório, então está sendo muito proveitoso e os professores são ótimos. É único esse conhecimento e temos que aproveitar. A minha expectativa é me classificar dentro do número das vagas ofertadas, afinal, deixei de fazer muita coisa para investir nos estudos. Abri mão dos fins de semana para estudar de manhã, tarde e noite”, acrescentou.

Quem também está numa rotina aplicada aos estudos é Crislaine Brasil, vendedora e recém-formada em física. A diferença é que ela priorizou um dia para descansar a cabeça. “Estou me preparando para perito criminal, e a minha expectativa é testar meus conhecimentos básicos no conteúdo já estudado e conseguir uma vaga, é claro. Atualmente, meu dia de lazer é o domingo, mas durante a semana trabalho e à noite estou estudando”, contou.

Morar na zona Oeste da cidade e nas proximidades da Escolegis tem sido fundamental para Crislaine. “Como moro perto da escola, facilita muito, porque dá tempo de ir em casa trocar de roupa. Estudar presencialmente também abre outra perspectiva em relação ao que leio e ao que ouço de outra pessoa. É diferente na hora de aprender. Avalio o cursinho de forma muito positiva porque acredito que educação é importante, inclusive pelo preço que a gente paga. Neste caso, é gratuito, mas a gente está investindo no nosso tempo, então não é totalmente de graça”, analisou.

A professora de redação Adineia Viriato disse que diariamente alerta os alunos de que a redação é o filtro do concurso. “Eles podem ir muito bem na objetiva, mas é a redação que vai fazer o filtro, a diferença na prova. Estamos trabalhando a estrutura, os tópicos e a parte gramatical quando necessária, e alguns temas relevantes ao concurso da Polícia Civil”, afirmou.

Ela chama a atenção para a escrita dos alunos na hora da redação, em função dos vícios que se falam no dia a dia.

“O aluno adulto está acostumado com aquela escrita bem condensada, então estamos trabalhando como contextualizar o assunto e a função deles. Tem que levar em consideração os temas que serão voltados para a função, o cargo que o aluno escolheu para concorrer. É importante pensar como a banca pensa, o que facilitará fazer um recorte dentro da redação”, enfatizou.

E não basta se contentar apenas com o conteúdo ministrado na aula na sala. É necessário reforçar esse conhecimento com outras aulas, inclusive observando as relações no cotidiano.

“A aula dada é aula estudada. O concurseiro não tem fim de semana, feriado e festinha. Ele precisa reforçar isso em casa porque o cursinho é apenas um guia, mas todo esforço é dele”, alertou.

Marilena Freitas

 

 

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