Concurso da ALE-RR vai premiar redações que abordam desafios do autismo

Lançamento ocorreu nesta segunda-feira; redações devem ser enviadas nos dias 23 e 24 de novembro. – Fotos: Marley Lima

A Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) lançou, nesta segunda-feira, 18, um concurso de redação que vai premiar alunos de escolas públicas de Boa Vista e cidades do interior do estado. Com o tema “Autismo: desafios na sociedade brasileira atual”, o concurso é promovido pelo Centro de Acolhimento ao Autista (Teamarr), do Programa de Atendimento Comunitário da Casa Legislativa.

Leia o edital 

Podem participar alunos do 1º, 2º ou 3º ano do ensino médio, de escolas públicas e privadas do estado. O link das inscrições e o regulamento podem ser acessados no site do Poder Legislativo https://al.rr.leg.br/ de 19 de setembro a 3 de novembro. Já o envio das redações deve ser feito nos dias 23 e 24 de novembro para o e-mail: concurso@al.rr.leg.br. Entre a premiação estão notebooks, celulares e tablets.

Deputada Angela Águida

A presidente do Programa de Atendimento Comunitário, deputada Angela Águida Portella (Progressistas), afirmou que o concurso quer promover reflexões sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), divulgar a importância do acolhimento às pessoas com autismo e a seus familiares, bem como diminuir a discriminação e o preconceito sobre o tema.

“É a realização de um sonho. Estamos há dois anos nessa luta pela inclusão, de buscar alternativas para que a sociedade conheça o autismo, pois apesar de um alto número de diagnósticos, ainda é desconhecido. A proposta do concurso é trazer o tema para o debate, estimular os alunos ao conhecimento, para que tenham mais empatia e saibam lidar com essas pessoas no dia a dia”, acrescenta a parlamentar.

O superintendente de Programas Especiais da Assembleia Legislativa, Pablo Sérgio, destacou que o lançamento do concurso é importante, já que provoca as escolas a participarem da discussão sobre o transtorno. Pablo disse ainda que o autismo está presente em todas as classes sociais e precisa de atenção.

Pablo Sérgio

“É uma forma de divulgarmos essa temática, e socialmente e coletivamente buscarmos caminhos que possam ajustar nossa sociedade a essas crianças, jovens e adultos, que são diagnosticados com o TEA. Parabenizo também a Secretaria de Estado da Educação por abraçar essa ideia. Acreditamos que vamos provocar um lindo debate sobre o autismo”, ponderou.

A professora Ângela Cavalcante, que atua na Escola Estadual Ayrton Senna, em Boa Vista, avaliou como essencial promover questões sobre o transtorno, “porque cada vez crianças com autismo chegam à sala de aula e a comunidade escolar precisa saber como lidar com elas”. “Que bom que esses assuntos estão sendo levados às unidades de ensino”, reiterou.

Ângela Cavalcante

Sobre o concurso

O professor ou coordenador será responsável pelo preenchimento das informações dos candidatos no ato da inscrição e pelo envio das redações. Cada escola deve enviar os três melhores textos, ou seja, ela pode mobilizar os alunos a se inscreverem e a fazerem suas redações, e depois, selecionar as três melhores e enviar.

A banca julgadora vai avaliar as produções textuais a partir dos seguintes critérios: texto dissertativo-argumentativo; escrito a caneta; ter no mínimo 20 e no máximo 30 linhas; a redação não precisa de título; e deve ser inédita e original.

Premiação

O Teamarr

O Centro de Acolhimento ao Autista (Teamarr) faz parte do Programa de Atendimento Comunitário, da Superintendência de Programas Especiais da Assembleia Legislativa. O local atende crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), realiza encaminhamentos e capacita familiares e profissionais da saúde.

As equipes multiprofissionais, formadas por psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, nutricionistas e neuropedagogos, atendem pela manhã e à tarde. Com um ano de atuação, a unidade já alcançou mais de 800 famílias por meio de grupos terapêuticos, capacitações, palestras, oficinas e investigações. A unidade já realizou 260 investigações quanto a crianças, adolescentes e adultos, contribuindo para o diagnóstico do TEA.

Josué Ferreira

 

 

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