Diferentes perfis, atuações e histórias de vida femininas compõem 51,5% do quadro funcional do Instituto Federal de Roraima (IFRR). São mulheres que, independentemente da idade, do grau de escolaridade ou da função, todos os dias colaboram com a educação profissional, científica e tecnológica no extremo norte do Brasil.
Em alusão ao Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta sexta-feira, 8 de março, a Assessoria de Comunicação do instituto preparou uma matéria especial com o objetivo de apresentar um pouco do protagonismo feminino na instituição, como forma de inspirar, celebrar e incentivar o avanço da atuação desse público onde quer que esteja.
Conforme dados da Diretoria de Gestão de Pessoas do IFRR, hoje a instituição conta com mais de 320 mulheres no seu quadro funcional atuando nas áreas administrativa e docente, na Reitoria e dos cinco campi, o que representa mais de 50% do total de servidores. Também é expressiva a presença feminina nos cargos de gestão, uma vez que professoras lideram cinco das seis unidades (Reitoria e Campi Boa Vista, Novo Paraíso, Amajari e Avançado Bonfim).
Na mais elevada classe da carreira docente, de professor titular, mulheres também são maioria na instituição. São 9 professoras referência em sua área entre os 13 profissionais do IFFR que possuem o título. As pesquisas científicas no instituto também têm presença feminina, com 29 mulheres pesquisadoras.
A rotina estruturada, dividida entre família, trabalho e igreja, desafia diariamente a servidora Eunice Barbosa, tradutora e intérprete de Libras do Campus Boa Vista Zona Oeste (CBVZO), que, por um longo tempo, achou não ser possível realizar o sonho de ser servidora pública. “O principal desafio é exatamente dividir as obrigações de casa com meu trabalho. Eu sempre limitei minha capacidade, pois acreditava ser de minha responsabilidade apenas o papel de mãe e esposa (cuidar e educar). Quando você determinar em sua vida que quer realizar o sonho de ter um bom emprego, organize-se; não diga que não tem tempo para isso, pois, com organização, quem faz o tempo é você”, falou, salientando que reconhecimento é a palavra que define ser mulher no IFRR.
É justamente essa palavra que a professora Saula Oliveira, do Campus Boa Vista (CBV), também usou para descrever o que é ser servidora da instituição. “É ter meus direitos reconhecidos e minhas competências profissionais respeitadas, independentemente de gênero”, disse ela, que, hoje, além da rotina de mãe (e pai), profissional e mulher, batalha contra um câncer de bexiga. “Dentre todas as dificuldades que já vivi, essa foi a que me fez sentir mais medo”, revelou, enfatizando que, embora seja um grande desafio, é possível, com a devida organização, dividir o tempo para todas as tarefas que lhe são impostas diariamente.
Para a professora Karla Tabosa, do Campus Avançado Bonfim (CAB), a instituição tem enriquecido sua jornada como mulher, proporcionando aprendizado e crescimento. Entre a sua rotina, que inclui viagens para o Município do Bonfim, oração, exercício físico e muito trabalho, o desafio é equilibrar vida pessoal e profissional. “É ainda mais complexo [o equilíbrio] quando você compartilha o ambiente profissional com seu marido”, contou, ao desejar que o 8 de Março continue inspirando conquistas, além de promover igualdade e reconhecimento às mulheres.
O desafio de conciliar todas as atribuições pessoais e profissionais também foi destacado pela professora Claudina Miranda, do Campus Novo Paraíso (CNP). “O grande desafio é a concepção social da polivalência; a mulher incansável precisa ser desconstruída. Ser mulher, mãe e profissional, no geral, é um desejo bastante comum, porém nos deparamos com a busca pelo equilíbrio entre dois universos: sucesso profissional e vida pessoal”, refletiu, complementando que ser mulher servidora no IFRR contribui para a promoção da transformação social por meio da superação de desigualdades, machismo e preconceito presentes em espaços que um dia foram ocupados majoritariamente por homens.
Há dois mandatos consecutivos, o instituto vem ocupando o seu cargo máximo uma mulher. A atual reitora, professora Nilra Jane Filgueira, comentou como essa força feminina é relevante para impulsionar a instituição. “Neste Dia Internacional da Mulher, gostaria de parabenizar todas as mulheres [servidoras] por sua dedicação e contribuição para a nossa instituição. Vocês são verdadeiras inspirações atuando em diferentes dimensões do IFRR e deixando sua marca em todas elas. A presença e a liderança feminina são fundamentais para promover um ambiente inclusivo e diversificado. Desejo que continuemos a celebrar e valorizar o papel da mulher em todas as áreas da nossa instituição. Juntas, somos mais fortes e capazes de alcançar grandes conquistas. Parabéns a todas as mulheres do IFRR!”, declarou.