Educação para inclusão: Governo certifica reeducandos em projeto de alfabetização

Reeducandos que optam pela participação nos projetos de ressocialização desenvolvidos pela Sejuc nas unidades prisionais terão o benefício da redução de pena. – Fotos: Thiago Feitosa

Nesta quinta-feira, 2, o Governo de Roraima realizou a entrega de certificados da conclusão do projeto Alfabetização sem Fronteira para 60 reeducandos da CPMBV (Cadeia Pública Masculina de Boa Vista). A solenidade ocorreu na própria unidade.

O projeto, desenvolvido pela Sejuc (Secretaria de Justiça e Cidadania) em parceria com a Seed (Secretaria de Educação e Desporto), iniciou em 2020 como um estágio para alunos do IFRR (Instituto Federal de Roraima).

Atualmente o projeto é executado pela direção da cadeia junto com os professores da Seed, e tem como objetivo zerar o analfabetismo no sistema prisional do Estado. O secretário de Justiça e Cidadania, Hercules Pereira, ressaltou que um dos objetivos com a experiência é expandir o programa para todo o sistema prisional.

Hercules Pereira

“Hoje estamos com a penúltima turma e formando mais 60 reeducandos. A nossa meta com esse projeto é zerar o índice de analfabetismo dentro dos estabelecimentos prisionais do Estado de Roraima”, declarou.

De acordo com a diretora da unidade, Maria José da Conceição, após a formatura dessa turma, restarão apenas 11 internos ainda não alfabetizados.

“Estamos realizando esse evento da entrega de certificado dos reeducandos que concluíram o curso de alfabetização sem fronteiras. Com essa turma formada e em breve a terceira, vamos conseguir erradicar o analfabetismo na CPMBV”, disse a diretora.

Ressocialização

Além do conhecimento adquirido, os reeducandos que optarem pela participação nos projetos de ressocialização desenvolvidos pela Sejuc nas unidades prisionais terão o benefício da redução de pena.

Para o reeducando Antonio Braga de Oliveira, de 67 anos, o projeto tem grande importância para o interessado, que pode dar continuidade na vida social. Oliveira afirmou que não vai mais depender da ajuda de outras pessoas para ler e escrever.

“Só tenho a agradecer a Deus e aos nossos professores. Para mim esse projeto tem um grande significado. Daqui em diante muitas coisas vão mudar, porque agora eu sei assinar meu nome. Ainda não leio muito bem, mas sei muitas palavras. Antes eu dependia de todo mundo para ler e assinar alguma coisa porque não entendia, mas agora não! Isso para mim é a coisa mais importante do mundo. Não somente para mim, como também para os companheiros que estão no programa”, declarou Antonio.

Wesley Oliveira

 

 

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